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Iris Rezende Machado na vida privada, além da advocacia, era pecuarista. Criava gado Nelore em sua propriedade no Mato Grosso, e Gir em Guapó, na Grande Goiânia. Quando ocupou o cargo de ministro da Agricultura no governo Sarney, no período de 1985 a 1990, Iris provocou o renascimento do Gado Gir e consequente abastecimento do mercado leiteiro no Brasil. “O Gir estava em extinção”, lembra Clarismino Pereira, ex-presidente da Associação Goiana do Zebu. No Ministério, conseguiu financiamentos aos pecuaristas, através de juros baixos.
O próprio ex-ministro em homenagem pela diretoria da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) lembrou dessa época de “vacas magras” para os fazendeiros em geral. Assim como Alysson Paolinelli e Roberto Rodrigues, que passaram pela pasta agrícola, contribuiu para o desenvolvimento da atividade agropecuária tanto em Goiás quanto no resto do País. Íris lembrou que quando iniciou sua atividade como agropecuarista, um animal era abatido com seis anos pesando 15 arrobas.
“Hoje, um novilho é abatido com dois anos e com peso de 18 arrobas”, manifestou, então, atribuindo essa evolução aos resultados da pesquisa posta em prática por instituições como a Embrapa Gado de Corte e Emgopa. Íris Rezende observou ainda que o criador gasta fortuna para a melhoria genética do rebanho e também da sanidade.
No segmento de grãos, num passado recente, o índice de produtividade de soja era de 70 sacos por alqueire, atualmente o produtor obtém 300 sacos. “E o Brasil produz soja de ponta a ponta, há abundância de alimentos”, comemorou, observando que o País importa pouco trigo, porque “não existe uma política agrícola”.
Dirigindo-se aos expositores e produtores, Íris exaltou: “Por isso, temos que tirar o chapéu para o agropecuarista e para a SGPA por iniciativas como da promoção das exposições goianas”. Em tempo: como pecuarista se associou na ABCZ e manteve atualizado o registro de seu plantel.
