Apesar ainda de desconhecida pelo grande público, cada dia tem mais gente interessada no universo das terapias holísticas – conjunto de terapias que levam em conta a integralidade do ser humano. E, se antes eram vistas com desconfiança pela medicina tradicional e desenvolvidas em poucos e específicos espaços, agora estão chegando em grandes hospitais, como tratamento complementar. Estão sendo usadas até em prol do ambiente corporativo.
Incentivadora do autoconhecimento e da mudança de hábitos e pensamentos, podem ser consideradas terapias holísticas tratamentos a saúde do corpo, mente e espírito são levadas em conta. “Tratando o estresse por exemplo, podemos trabalhar de problemas estomacais”, explica a terapeuta holística Norma Silva, que trabalha com florais de Bach.
Ainda de acordo com a terapeuta, que é sócia da OMA Terapias Holísticas, na cidade de Goiás, a maioria desses tratamentos tem origem na medicina oriental e usam como base técnicas de relaxamento, manipulação de energias, mudanças no padrão de pensamento, entre outros. “Algumas das terapias holísticas de mais destaque são o reiki, acupuntura, ventosaterapia, thetahealing, barra de access, florais de Bach, entre vários outros”, esclarece.
Vale lembrar que as terapias não substituem a medicina tradicional, porém é fato que estão conquistando espaço dentro dos hospitais. O Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2006, quando o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PIC), oferece acupuntura, homeopatia, plantas medicinais e termalismo.
Segundo o terapeuta holístico, Wagner Stivi, que é instrutor de thetahealing e professor PHD em terapia integrativa, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, é um exemplo bem-sucedido da união entre medicina tradicional com as PIC. E, inspirados por essa iniciativa, ele coordena um trabalho na área de oncologia no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que foi implantado através do setor de voluntariado em que leva esse tipo de tratamento para o local.
“As terapias holísticas potencializam o tratamento da medicina tradicional. Muitas pessoas que estão hospitalizadas buscam essas terapias em outros locais. Então, colocá-las dentro dos hospitais é um presente para os pacientes. Queremos tornar referência e servir de modelo para outros hospitais”, explica Wagner.
De acordo com Wagner Stivi, este tipo de terapia pode auxiliar o indivíduo em qualquer área da vida, seja física, emocional ou profissional. E, por isso, conta que o setor está em franca expansão em Goiânia.
“Vemos cursos na área se multiplicarem e novos espaços surgindo. Existem até terapeutas contratados por empresas para fazer atendimentos com os colabores”, conta.
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Apesar de acreditar que as terapias holísticas já avançaram muito, a terapeuta holística, Janaína Li acredita que ainda são desconhecidas do grande público. E, ela que chegou a este universo estudando o corpo – através da dança e da capoeira – e física quântica, também faz sua parte para que mais gente tenha acesso.
Como é proprietária do espaço Viva Bem Zen organiza, juntamente com o parceiro Arcanjo Moura, o evento Quarta Zen, no qual oferece terapias como acupuntura, auriculoterapia, moxabustão e ventosaterapia por valores sociais.
As terapias holísticas, que chama de “trabalhamor”, para ela, é uma filosofia de vida, que pensa no ser como um todo e conecta a vida, o divino e o eterno com o que chama de camadas de consciência. “Poder ajudar os outros a se cuidarem e nos cuidarmos juntos, é uma benção em minha vida”, diz.
No auge da pandemia, a secretária Mariana Leier - historiadora, conta que procurou as terapias holísticas para acalmar e teve um resultado satisfatório. “Usei florais de Bach, que realmente me ajudaram a tranquilizar e a ter mais consciência daquilo que eu precisava mudar em mim”, diz.
