Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Em 1907, o lorde inglês Robert Stephenson Smyth Baden-Powell organizou um acampamento com 20 rapazes. A ideia era despretensiosa: ensinar conceitos da vida ao ar livre e valores sociais. Com o sucesso do encontro, resolveu lançar o livro “Escotismo para Rapazes”. Os ensinamentos, se espalharam pelo mundo, virou estilo de vida, inspirou personagens da ficção e chegaram no Brasil em 1910. Mesmo com passar dos anos - e apesar da pandemia, que prejudicou os encontros - movimento continua atuante em Goiânia. Por aqui há grupos longevos, em que o escotismo é uma lição repassada também de pai para o filho.
Este é o caso da família do servidor público Marco Aurélio Vicente, de 54 anos, que entrou no Grupo Escoteiro Polivalente, em 1981. “Meus colegas de sala, eram escoteiros e me falavam das coisas que eles faziam: montar barracas, acampar, fazer fogueiras e etc. Isto me chamou a atenção”, recorda.
Do mesmo grupo, hoje sediado nas instalações do Clube Oásis, localizado na Avenida T-3, no Setor Bueno, participou de forma ativa até 1990, quando se afastou para se dedicar aos estudos e retornou quando o primeiro filho alcançou a idade de participar. Atualmente os dois filhos são escoteiros e Marco Aurélio exerce uma função de direção e coordenação do grupo, que possui de 87 membros entre jovens e adultos.
As atividades, realizadas conforme a faixa etária, se baseiam em diversas modalidades de jogos, uso de bússola e mapa, ensinamentos de primeiros socorros, acampamentos, jornadas, etc. “A ideia é ressaltar os valores do Movimento Escoteiro, que enfatiza a amizade entre os povos, a importância de Meio Ambiente saudável para todos e o desenvolvimento de ações em prol da comunidade”, argumenta.
Promessa
Quando tinha 11 anos, a hoje advogada Isabelly Castro, de 34 anos, fez uma promessa que ainda a acompanha na tomada de decisões. Prometeu cumprir deveres com Deus, Pátria e com o próximo, a chamada promessa escoteira. Ela também sempre segue a Lei Escoteira que são 10 artigos que garantem o cuidado com próximo e consigo mesmo.
Isso porque desde que entrou para este universo nunca mais saiu. Entrou como “Lobinho” (veja as classificações por faixa etária no box) e hoje é assistente da Tropa Escoteira e coordenadora de Eventos do Grupo de Escoteiro Arara Azul, que está localizado no Parque Areião e conta com cerca de 200 membros. “Não sabemos exatamente a quantidade de pessoas, por causa da pandemia”, ressalta.
As atividades também são diversas e sempre buscam desenvolver o intelecto, caráter, físico, afetivo e espiritual do jovem. “Desenvolver tais áreas, juntamente com outros jovens que também tinham o mesmo objetivo, me proporcionou uma rede de apoio para ser uma cidadã em busca de construir um mundo melhor”.
Formação
E foi nessa intenção de também formar uma cidadã consciente e colaboradora que a corretora de seguros Selma Barbosa escolheu o grupo Arara Azul para iniciar a filha Ana Carolina no escotismo antes da menina completar 7 anos. Hoje, a garota tem 14 anos e a corretora se orgulha dos resultados.
“Ela passou a ter mais iniciativa e interesse em aprender várias atividades diferentes. Acho que ficou mais alegre também, pois as atividades ao ar livre junto à natureza no Parque Areião fazem bem para ela”, destaca.
Ana Carolina elege mesmo as atividades de caça ao tesouro no parque, em que precisa usar estratégias, as preferidas. “Dentro do escotismo aprendi ter mais respeito com a natureza e animais e também táticas de sobrevivência, como fazer comida com pouquíssimas coisas e também identificar os diversos sons da natureza, que pode nos livrar de diversos problemas”, diz Ana Carolina, entre risos.
Escotismo se organiza em ramos
Lobinhos – 6,5 a 10 anos
Escoteiros – 11 a 14 anos
Escoteiros sêniores/guias – 14 a 17 anos
Pioneiros – 18 a 21 anos. Sendo que a partir dos 21 anos, existem os adultos voluntários, os chefes, e que atuam nas sessões na aplicação do Programa Educativo
