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Morte em clube desperta discussão sobre segurança para crianças

Jaqueline Rosa, mãe de Davi Lucas, de 8 anos, o garoto que morreu ao cair de um toboágua, em Caldas Novas, cuidava do filho caçula enquanto o pai estava com o garoto. O menino pediu para ir ao banheiro, como conhecia o local e sabia nadar, autorizou. Alguns minutos depois, o menino se acidentou fatalmente.

O triste ocorrido acende um alerta sobre os perigos que mais vitimam as crianças. De acordo com a ONG Criança Segura, acidentes, como de trânsito – que está em primeiro lugar-, afogamentos e por sufocação são a principal causa de morte de brasileiros de 1 a 14 anos

Ainda conforme a ONG, os afogamentos são a segunda causa de morte e a sétima de hospitalização. “É importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco”, ressalta o site da ONG.

Vítima de queda e afogamento, o corpo de Davi Lucas foi sepultado na tarde desta segunda-feira (14), em Conselheiro Lafaiete (MG), cidade natal da família. O garoto caiu na tarde de domingo (13) de um toboágua no parque aquático DiRoma Splash, em Caldas Novas.

A família do garoto havia acabado de chegar ao clube, quando o garoto conseguiu acesso ao brinquedo Vulcão – que estava interditado - e caiu de uma altura aproximadamente de 15 metros. O garoto chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e atendido pelo hospital municipal de Caldas Novas e seria transferido por helicóptero para o Hugol. Não deu tempo, sofreu uma parada cardíaca e morreu.

Ainda não se sabe como o garoto conseguiu acesso ao local. A Polícia Civil está investigando o caso e a perícia deve sair em dez dias. O DiRoma Splash, que é uma das unidades do grupo e pertence à deputada federal de Goiás Magda Mofatto (PL). Em nota, a empresa lamentou o ocorrido e disse que “a área em que ocorreu o acidente estava completamente fechada com tapume e devidamente sinalizada para reforma e melhorias”.

Mas, de acordo com a mãe do garoto, no local só tinha uma fitinha [interditando o brinquedo]. Como não tinha ninguém lá?”, questiona. A Polícia Civil confirmou que o local estava isolado com uma fita zebrada, mas constatou que a escada que dá acesso ao brinquedo não estava interditada.

Outras tragédias
Outro caso em que a diversão se tornou perigosa, aconteceu em 2017 no Parque Mutirama, em Goiânia. Um acidente deixou 13 feridos a partir de uma falha no brinquedo Twister. O parque ficou fechado por um ano e meio.

Recentemente o acidente com o menino Ryan, 5 anos, do Marrocos também causou comoção. O pai contou que teve um minuto de distração e o garoto caiu em um poço. O resgate durou quatro dias, mas após o salvamento foi anunciado que o menino não havia resistido.

A ONG Criança Segura dá algumas dicas em casos de afogamento: Crianças devem aprender a nadar com instrutores ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender. Pais, responsáveis, educadores devem aprender técnicas de primeiros socorros.O uso do maquinário de manutenção e limpeza da piscina devem estar desligados enquanto as crianças estiverem na água;

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