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Perita criminal confessa ter encomendado atentado contra ela mesmo em Caldas Novas

O que a Polícia Civil investigava como crime de pistolagem, ou tentativa de roubo malsucedida, não passou de uma armação, contratada pela própria vítima. Ao ser desmascarada, Kathia Mendes Magalhães, 40, confessou a trama, e, já indiciada, deve perder o cargo concursado que ocupa há 11 anos.

Diretora da Superintendência de Polícia Técnico Científica (SPTC) em Caldas Novas, Kathia Mendes foi baleada no final da noite de quinta-feira passada, no momento em que seguia daquela cidade, sozinha no seu carro, pela GO-213, com destino à Rio Quente. A princípio, ela disse que logo após um veículo esbarrar em seu carro decidiu parar para ver o que estava acontecendo, e um motoqueiro se aproximou, e efetuou dois disparos.

Um dos tiros atingiu a perita no peito, perto do ombro. Ela mesmo foi quem, pelo telefone celular, pediu socorro, e, no dia seguinte, gravou um vídeo aos amigos dizendo que estava bem, e que não sabia se tinha sido vítima de um atentado, ou de uma tentativa de assalto.

Imediatamente após o suposto atentado, a Polícia Civil montou uma força tarefa, e, no dia seguinte, identificou e prendeu o autor dos disparos. O homem, que já havia trabalhado na Prefeitura de Caldas Novas, disse que foi contratado pela perita para praticar o crime, mas não revelou quanto, ou o que receberia em troca.

Ele também levou os policiais a um armário onde pegou, e depois deixou o revólver calibre 32. A arma, que tem a numeração raspada, estava em um armário da SPTC para perícia relativa a um outro crime, e as chaves haviam sido repassadas a ele pela própria Kathia. O atirador, que não teve o nome, nem a idade divulgados, foi indiciado por lesão corporal grave.

Mudança para Anápolis
A principal suspeita da polícia é que a perita tenha simulado o atentado para forçar sua transferência para Anápolis, cidade onde moram seus familiares. O pedido já havia sido feito por Kathia à Superintendência da SPTC várias vezes.

Após a descoberta da trama, a perita foi indiciada por fraude processual, peculato, e porte ilegal de arma de fogo, crimes que, somados, tem pena máxima que pode ultrapassar 12 anos de reclusão. Além do processo criminal, Kathia também responderá a um procedimento interno, que deve culminar com a sua demissão do cargo. A perita já foi afastada de suas funções.

Rota 190

Mais um duplo homicídio é registrado em Goiás
Dois irmãos, identificados apenas pelos primeiros nomes, Guilherme, 23, e Thiago, 19, foram executados a tiros na madrugada de ontem em uma festa que acontecia em uma chácara perto de Anápolis. A motivação do crime ainda não foi divulgada, e o atirador segue sem identificação. Na noite de quinta-feira, dois homens, que estavam dentro de um Ford Ka, que tinha placas do Tocantins, também foram assassinados a tiros em Hidrolândia, cidade que fica na região metropolitana da Capital. Estas duas vítimas ainda não foram identificadas, e a Polícia Civil segue sem pistas dos atiradores, que, segundo testemunhas, estavam em um outro carro escuro, mas de modelo desconhecido.

Metralhadora e pistola apreendidas após confronto
Uma submetralhadora calibre nove milímetros e uma pistola foram apreendidas por militares do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), e policiais penais do Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), após troca de tiros na BR 060, perto de Abadiânia. O motorista do Fiat Argo onde estavam as armas, posteriormente identificado como Daniel de Lime Pedra Hume, 33, morreu no confronto. De acordo com a PM, ele usou a pistola Nove Milímetros para atirar contra as equipes. A submetralhadora foi encontrada embalada, debaixo do banco traseiro do carro. Informações obtidas pelos policiais do Gope e do Graer indicam que as armas tinham sido adquiridas em Brasília, por integrantes de uma facção criminosa que moram na região metropolitana de Goiânia.

Traficante só vendia drogas na alta sociedade
Era a bordo de um carro de alto luxo importado, modelo Mercedes GLA que um traficante entregava drogas para usuários da alta sociedade de Goiânia. No final de semana, o criminoso, que tem 47 anos, foi preso em flagrante por agentes da Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc) pouco tempo após vender porções de cocaína para um jovem no Setor Bueno. No apartamento dele, foram apreendidos quatro quilos de cocaína, porções de maconha, uma balança de precisão, comprimidos de ecstasy, e munições de pistola calibre Nove Milímetros. Segundo a polícia, o traficante, que não teve o nome divulgado, e já possuía outras passagens pelo mesmo crime, só vendia drogas para moradores de bairros nobres, como Alto da Glória, Marista e Bueno.

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