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COTIDIANO

Saudades do Rio Grande

Era 26 de agosto de 2009, uma manhã fria, típica do inverno gaúcho, quando eu fazia meu check-in no Aeroporto de Porto Alegre rumo a Goiânia. Era um bilhete somente de ida, naquele momento eu ainda não tinha me dado conta de que eu deixaria o lugar onde nasci e cresci para adquirir novas experiências em uma capital no meio do Brasil.

Apesar de morar há 13 anos em Goiânia, o orgulho pelo meu estado e por sua história continuam vivos dentro de mim, o sotaque pode até ter sofrido algumas alterações, inevitável. Mas não é o sotaque que conta, e sim as tradições e costumes que nós, gaúchos, mantemos para amenizar a saudade gaudéria que bate forte no peito. O chimarrão depois do almoço e à noite, o arroz carreteiro, o verdadeiro churrasco de domingo, as camisas do Internacional ou do Grêmio nos aproximam, até nos dias de Gre-Nal, mesmo que distantes fisicamente do Rio Grande do Sul.

Os gaúchos que moram em diferentes regiões do país sabem o valor histórico do 20 de setembro, data que comemora a Revolução Farroupilha, cujo objetivo era propor melhores condições econômicas para o Rio Grande do Sul. É a partir da revolução que a identidade do povo gaúcho é estabelecida, com as tradições e ideais de igualdade e liberdade. A cultura é venerada nos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Em Goiás, não temos o frio de 'renguear o cusco' como o do Rio Grande, nem as praias de Capão ou Tramandaí para passar o verão, mas temos a saudade e orgulho de onde viemos. Aprendemos a amar também o local onde moramos hoje e fazemos deste espaço um pedaço do nosso estado, afinal, já diz o nosso hino: Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra.

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