A era da internet das coisas
Diário da Manhã
Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 00:57 | Atualizado há 8 anosQuando a internet que conhecemos surgiu na década de 1990 era uma piada comum dizer que no futuro até as coisas se conectariam. Apesar de prever isso, o autor das previsões contemporanizava na época: “Só não se sabe quando”.
Na era das redes digitais e da inteligência artificial, a era atual, a conexão entre as coisas, a troca de dados entre eletrodomésticos, passa a ser o próximo passo da popularização da internet.
Ontem, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações assinou um Termo de Cooperação Institucional com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para atender empreendedores deste segmento.
O consórcio que fará o estudo foi selecionado em uma chamada pública do BNDES e reúne a consultoria McKinsey & Company Brasil, Fundação CPQD e Pereira Neto/Macedo Advogados. Conforme o órgão do governo federal, o estudo será feito por um consórcio para que nos próximos nove meses tenhamos um relatório sobre o panorama desta modalidade de investimento no Brasil.
Traduzida do inglês “internet of things”, a expressão “internet das coisas” trata de uma série de tecnologias cuja característica é comunicar em tempo real coisas, pessoas e objetos. A ideia é usar de eletrodomésticos até meios de transporte, além de máquinas industriais.
A ideia é tornar o controle remoto o mais amplo possível: estas máquinas podem ser comandadas à distância e de forma precisa. Um exemplo: o ar condicionado de sua casa ou geladeira pode estar conectado na rede mundial de computadores e ser controlados de longe.
A modalidade pode servir até mesmo para a saúde: médicos poderiam acompanhar seus pacientes em outras cidades, desde que possam controlar e interagir com os equipamentos plugados na rede. A telemedicina é uma das manifestações desta nova era.
IMPACTO
No caso do Brasil, o estudo técnico do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações chega atrasado em relação a outros países. O governo pretende gastar inicialmente R$ 17,4 milhões, sendo R$ 9,8 milhões em recursos do banco público; R$ 7,6 do consórcio responsável por realizá-lo.
Maria Silvia Bastos Marques, presidente do BNDES, diz ter a expectativa de que estimular o setor pode ter um impacto transformador. “É uma tecnologia que vai impactar cada vez mais as realizações e a sociedade, trazendo novas oportunidades para a geração de valor econômico e transformando os modelos de negócio e a vida das pessoas”, disse.
Quem se interessar pelo assunto pode participar de uma consulta pública aberta pelo ministério que receberá contribuições da sociedade até 16 de janeiro.(Com Agência Brasil)