A verdade sobre a venda do Hospital Lúcio Rebelo
Diário da Manhã
Publicado em 29 de março de 2018 às 02:24 | Atualizado há 7 anos
Por força de decisão judicial proferida pelo juiz Jair Xavier Ferro, da 10ª Vara Cível de Goiânia-GO, no bojo da Ação de Direito de Resposta autuada sob o nº 5459747.47.2017.8.09.0051 ajuizada por Hospital Adonai Ltda em desfavor de Unigraf – Unidas Gráfica e Editora Ltda (Diário da Manhã), damos cumprimento à medida deferida, para assegurar a publicação do direito de resposta em relação a uma série de reportagens publicadas pelo DM. Nesta edição especificamente, sobre a matéria veiculada na data de 09/11/17 intitulada Negócio mal fechado.
A propósito da matéria Negócio mal fechado, veiculada pelo jornal Diário da Manhã em 09/11/17, a Assessoria de Imprensa do Hospital Adonai esclarece:
“Recebemos com surpresa e indignação as diversas matérias veiculadas seguidamente pelo DM de cunho unilateral, que trata sobre a negociação de compra e venda do antigo Hospital Lúcio Rebelo, que está sob nova direção e denominação: Hospital Adonai.
O conteúdo das reportagens atinge diretamente a nova administração e agride a reputação do hospital, sob a alegação de que o grupo empresarial paulista estaria dando um “golpe” no médico Percival Xavier Rebelo Filho, ex-dono da unidade de saúde. O que não é verdade. São denúncias vazias e sem nenhum respaldo com a realidade. O Hospital Adonai condena a publicação desse tipo de matéria, que, na ocasião, apresentou acusações sem provas embasadas na versão de apenas um dos lados e repudia qualquer insinuação que venha macular a lisura e a honestidade de seus compradores. Qualquer menção, nesse sentido, configura grave infração e deverá ser remediada através das vias judiciais adequadas.
Em referência à reportagem “Negócio mal fechado”, com grande destaque de capa, o jornalista não se ateve a ouvir os novos compradores, se amparando apenas nas alegações de Percival, sem ao menos ter conversado com a nova diretoria para confirmar a veracidade dos fatos e, ainda assim, tapou os olhos aos esclarecimentos prestados pela assessoria jurídica do hospital, por meio de correspondência.
A nova direção declara que nunca houve e nem haverá golpe, como alardeou a série de reportagens. As acusações usadas por Percival para desqualificar o grupo paulista são infundadas e demonstram ciúme e arrependimento do antigo dono, após verificar que o hospital voltou a funcionar.
DOS FATOS
É sabido que o Hospital Lúcio Rebelo, agora Adonai, é referência em áreas específicas como cardiologia e tratamento intensivo. Consta que a má gestão gerou um grave problema financeiro, que levou o hospital à beira da falência. Visando evitar o mal maior, ele foi colocado à venda por Percival Xavier Rebelo. Após as negociações, em comum acordo, o contrato foi assinado em setembro de 2017 por Percival e Marcela Aparecida Teixeira da Silva, representante legal de um grupo empresarial de São Paulo. A venda equivale a mais de R$ 83 milhões. O acordo prevê o pagamento parcelado. A primeira foi paga, entretanto, Percival truncou o processo, já que, arrependido, entrou na Justiça para reaver o negócio e como está inadimplente e sofre arresto de qualquer recurso que seja depositado em sua conta, se negou a informar dados de outra conta para que os demais depósitos fossem realizados (estratégia usada maliciosamente já que arrependido, desistiu do negócio). Fato esse que foi comunicado extrajudicialmente e anexado aos autos do processo. Ainda assim, mesmo usando de má-fé, Percival tem seus direitos amparados pela lei, pois o contrato prevê multa de 10% em caso de atraso.
DE VOLTA AOS TRILHOS
Pouco tempo depois de a nova administração assumir o hospital, a unidade de saúde que estava quase falida, tomou fôlego. Um choque de gestão, aliado à auditoria financeira, além de readequações tanto na estrutura física quanto humana, garantiram o retorno dos atendimentos e internações.
Mais de R$ 62 milhões foram gastos pela atual administração no pagamento de dívidas tributárias, bancárias, com fornecedores e até com os profissionais da unidade, que estavam há mais de seis meses sem salário, comprovando assim a idoneidade de Marcela Aparecida, no sentido de cumprir tudo o que foi acordado no contrato, já que ela está honrando com todos os compromissos e quitando as dívidas, seja por negociação, assunção ou transferência.
JUSTIÇA
Após a série de ataques feita por Percival e seu nítido arrependimento em ter vendido o hospital, a nova administração, visando a proteção dos interesses de ambas as partes, achou por bem resolver as questões contratuais na Justiça, já que o contrato possui cláusulas impossíveis de serem cumpridas pelo grupo paulista, tendo em vista que Percival não cumpriu com o acordo firmado.
Percival exigiu que os compradores assumissem a dívida de três imóveis de luxo em Goiânia, mas ele mesmo esqueceu que estes foram consolidados pelo banco credor no mês de junho, e o contrato foi assinado em setembro. Uma auditoria está sendo realizada para resolver o problema.
ARREPENDIMENTO E NEGLIGÊNCIA
A nova diretoria do Hospital Adonai considera negligente a publicação das cinco reportagens sem ouvir a outra versão dos fatos. No texto, Percival acusa a compradora titular, ou seja, Marcela Aparecida da Silva, de ser “laranja” de José Idinei Demico. Consta que Demico é um executivo perito em reestruturação de empresas e foi contratado por Marcela Aparecida para aplicar um plano de gestão de mudança, reestruturação e remodelação do hospital. Prova de sua competência é que o Hospital Adonai está atendendo normalmente e segue em ampla evolução.
O que se observa é que Percival, mesmo tendo seus direitos garantidos por lei, e após ter concordado com todos os termos no contrato, arrependeu-se do negócio, e começou a atacar de forma ardilosa, por meio deste impresso, os novos compradores. Com invenções mirabolantes, dizendo que foi vítima de uma armação, Percival atirou para todos os lados. Até mesmo a diretora geral na época, Wendy Dias do Amaral, considerada por ele mesmo de suma confiança, foi acusada de ter ajudado no tal “golpe” e ainda de ser a responsável pela decadência do hospital. Ora, se ele era o dono e ela apenas a diretora, todas as decisões tomadas e documentos assinados no ato da negociação foram feitos por ele mesmo, o que a exime de qualquer responsabilidade;
Na mesma impressão, Percival alega que Marcela Aparecida possui casa no Programa Minha Casa, Minha Vida, o que não é verdade.
Por fim, em ato de desespero, ao ver que não podia mais rescindir o contrato de venda do hospital, o ex-dono, aliado ao jornalista do DM, atacou José Demico chamando-o de estelionatário e com dezenas de ações penais, as quais nem mesmo o executivo nunca teve ciência.
Por esses e outros motivos, tanto Percival quanto seu advogado Neiron Cruvinel e o jornalista Hélmiton Prateado respondem por queixa crime junto à 12ª Vara Criminal desta comarca, processo por calúnia e difamação que acarretaram prejuízos moral e financeiro à nova administração.
DIRETOR TÉCNICO
Conforme estabelecido em contrato, dr. Percival Xavier continua como diretor técnico do Hospital Adonai, apesar da nova administração não concordar com o comportamento do profissional. Percival não vem cumprindo com os horários e nem compromissos estabelecidos, comprometendo assim a rotina médica e administrativa incumbidas a ele.
COMPROMISSO
O Hospital Adonai, bem como toda a sua diretoria, mais uma vez repudia as matérias veiculadas pelo jornal Diário da Manhã e reafirma seu compromisso em continuar promovendo excelência em atendimentos e qualidade no processo de gestão. O resultado está na melhoria contínua de suas atividades, infraestrutura e incorporação de novas tecnologias. Deixamos aqui nosso mais sincero pedido de desculpa a todos os nossos pacientes, amigos e parceiros pelo ocorrido, enfatizando que nada do que foi publicado anteriormente é verídico e reiterando ainda que o Hospital Adonai não pratica e nem praticará nenhum ato ilegal. Alegar qualquer coisa nesse sentido merece impugnação e repúdio”.