Ameaça ao patrimônio
Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 01:10 | Atualizado há 4 meses
Todos os anos, os estudantes do 3º Ano da Escola Nova Opção fazem uma visita aos principais lugares que representam a art déco em Goiânia. Ao observarem os edifícios e monumentos em art déco espalhados pelo Centro, os alunos ficaram tristes com o que viram.
Segundo a professora Sandra Maria, na sala de aula eles são ensinados sobre a riqueza do patrimônio arquitetônico da Capital, mas o descaso e abandono dos monumentos deixaram as crianças preocupadas. “Com o olhar atento e observador, as crianças questionaram as depredações e atos de vandalismo. Aproveitamos o momento para explicarmos sobre a importância de defender o Centro da ânsia destrutiva. Mas os alunos queriam de alguma forma fazer algo para mudar a situação”, diz.
A Estação Ferroviária foi o edifício que mais marcou as crianças com o odor de urina, pichações, estrutura precária, além de servir como moradia de mendigos e usuários de crack. Com o objetivo de colaborar para que políticos e cidadãos olhem com mais atenção e zelo para este patrimônio, os alunos decidiram ir até a Câmara Municipal e solicitar aos vereadores que promovam políticas públicas que visam proteger os patrimônios históricos da cidade.
O vereador e delegado Eduardo Prado recebeu as crianças em seu gabinete e elogiou os estudantes pela ação. “Todos que buscam defender o patrimônio histórico e cultural de Goiânia têm meu apoio. Essa ação voluntária das crianças mostra o verdadeiro papel da cidadania”, comenta Prado.
O parlamentar recebeu uma carta dos alunos e foi com eles até a Estação Ferroviária, que fica ao lado da Câmara Municipal. E afirmou que irá pedir providências imediatas à Prefeitura com relação aos monumentos culturais e históricos da Capital, apesar da administração ter solicitado uma ordem de serviço para reformar a Estação, que fica na Praça do Trabalhador, em dezembro de 2017. “É flagrante o desamparo ao patrimônio arquitetônico de Goiânia. Temos que criar ações que façam a população aprender e valorizar o patrimônio, além de cobrar do poder público medidas eficazes de proteção, não só da Estação Ferroviária, mas de todos os monumentos”, defende Prado.