Cotidiano

Amma encontra aterro clandestino em afluente do Rio Meia Ponte

Júlio Nasser

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 18:35 | Atualizado há 4 meses

Foto:Reprodução/Prefeitura de Goiânia

Durante uma operação realizada na segunda-feira, 4, pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) com objetivo de fiscalizar as Áreas de Preservação Permanente (APP’s) do Rio Meia Ponte, foi encontrado um aterro clandestino nas mediações do Córrego Lageado, que é um dos afluentes do rio.

Segundo o auditor fiscal do órgão, Renato Medeiros, a prática ilegal influencia diretamente no abastecimento de Goiânia, pois mata a nascente do afluente, provoca contaminação e impermeabiliza o solo.

A Amma explica que a ação visa combater crimes ambientais e vai priorizar áreas críticas onde foram constatados o descarte de entulhos, desmatamento, ocupações irregulares e a criação de animais. O levantamento foi realizado por satélite e as práticas irregulares afetam como um todo o Rio Meia Ponte, que enfrenta um baixo nível de suas águas.

Medeiros pontua que o proprietário da área onde foi encontrado o aterro, terá de recuperar o local danificado e poderá levar multa que varia de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, de acordo com o dano apontado em laudo técnico.

Meia Ponte

O rio responsável pelo abastecimento de cerca de 58% da capital e Região Metropolitana, agoniza e vários bairros já sofrem com a falta de água.  A baixa no nível das águas é atribuída a diversos fatores, entre estiagem, chuvas irregulares, irrigação de lavouras, represamento e principalmente pela destruição de matas e nascentes que compõem a bacia.

A Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) divulgou ontem, que 20 bairros de Goiânia e outros cinco de Aparecida de Goiânia, tiveram o abastecimento interrompido devido à redução da vazão do rio, que prejudica a captação de água bruta para o tratamento de distribuição para a população da Grande Goiânia.

Através de nota, a companhia ressalta que está “tomando todas as medidas possíveis para solucionar o problema” e já estão realizando obras para ampliação da produção.

Para amenizar a falta do serviço, a Saneago pede que a população economize água tratada e faça o uso mais consciente de suas reservas domiciliares durante este período de seca, uma vez que a empresa não informou uma previsão sobre a normalização do serviço.


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