Aparecida dá aumento, mas professores continuam greve. Prefeitura entra com ação na justiça
Redação DM
Publicado em 12 de maio de 2025 às 13:36 | Atualizado há 53 minutos
Gestão Vilela garante reajuste de 6,27% para todos os professores e data base dos administrativos a partir de maio, mesmo assim categoria insiste em greve, que pode ser declarada ilegal a qualquer hora
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia protocolou no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) um pedido de tutela provisória para que a categoria dos servidores da rede municipal de Educação volte ao trabalho, encerrando, assim, a greve que tem provocado vários transtornos aos alunos e aos pais.
O processo tramita na 6ª Câmara Cível do TJ-GO. Alem disso, a Prefeitura de Aparecida protocolou na Câmara Municipal, projeto de lei que reajusta o piso e o salário de todos professores em 6,27% a partir de 1º de maio, chegando ao valor de R$ 4.867,77.
“No nosso governo, nenhum professor vai ficar ganhando aqui abaixo do piso. Estamos dando o reajuste de 6,27%, cumprindo o que foi apalavrado com a categoria. Agora, nós precisamos que os professores voltem às salas de aulas, voltem a trabalhar e vão receber os nossos alunos”, ressaltou o prefeito Vilela neste domingo (11).
“Educação é muito mais do que salário, é prestar serviços relevantes à nossa população, e isso nós estamos fazendo”, acrescentou ele anunciando investimentos na melhoria da infraestrutura das escolas e CMEIs.
Vilela explicou que, apesar de ter herdado débitos de mais de R$ 500 milhões da gestão anterior, os salários do funcionalismo, inclusive dos professores, estão em dia. E ressaltou que, mesmo diante do cenário caótico em que assumiu o município, em 1º de janeiro, ele priorizou o pagamento dos salários de dezembro, outra pendência deixada pelo governo anterior.
Com apenas quatro meses de governo, Vilela enfatizou que agora é hora de todos trabalharem com afinco para ajudar a melhorar a qualidade do ensino em Aparecida. “Hoje nós estamos na posição 201 do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], entre 246. É um dos piores do estado, mas nós vamos reverter isso, vamos trabalhar muito para melhorar a educação de Aparecida.”
Por fim, o prefeito pediu compreensão dos servidores. Ele reafirmou que o município enfrenta uma crise econômica e, ao pagar o piso legalmente estabelecido, a Prefeitura não tem obrigação de quitar retroativo, caso o caixa não comporte essas reposições. Para o pagamento do retroativo, a atual gestão propõe uma mesa permanente de negociação.