Audiência pública é marcada após decreto que desapropria imóveis em ruas da região do Jardim Botânico
Diário da Manhã
Publicado em 5 de outubro de 2017 às 13:30 | Atualizado há 8 anos
Foto:Reprodução
O decreto assinado pelo prefeito Iris Rezende que prevê a desapropriação de imóveis particulares em ruas que ficam nos arredores do parque do Jardim Botânico, em Goiânia, tem provocado polêmica entre moradores e comerciantes da região, que disseram não ter sido comunicados sobre a decisão.
A determinação assinada no dia 6 de setembro e que já está em vigência, autoriza a desapropriação de imóveis de oito ruas, motivada pela ampliação da Marginal Botafogo, porém, no documento não há esclarecimento se a ação ocorrerá nas ruas inteiras ou em apenas algumas quadras e em qual lado da via.
A Prefeitura de Goiânia ainda não se pronunciou sobre o caso.
Vale lembrar que a região em que será feita a desapropriação, é uma área composta principalmente por residências, além de escolas e comércios. Nas ruas em questão, o trânsito também é bastante intenso.
Confira as ruas listadas pela gestão municipal
-Rua 12
-Avenida Gercina Borges Teixeira
-Avenida Jorge Martins
-Rua L-03
-Avenida Jardim Botânico
-Avenida Botafogo
-Avenida Jamel Cecílio
-Marginal Botafogo
Discussão
Devido à falta de informação e dúvidas geradas entre moradores e comerciantes da região, a parlamentar Cristina Lopes (PSDB) convocou nesta quinta-feira, 5, a partir das 14 horas, na Câmara dos Vereadores, uma audiência pública para discutir o real motivo da desapropriação.
Segundo a vereadora a reunião tem como objetivo esclarecer o que realmente o documento prevê e de que forma será executado.
À TV Anhanguera, a parlamentar explicou que a preocupação maior é de que a região seja transformada em “outro Parque Flamboyant, cheia de prédios ao redor e com grande adensamento urbano em uma área que deveria ser protegida. Atualmente isso é proibido, mas tem um projeto chamado Operação Urbana Consorciada, que, se colocado em prática, permite a construção de prédios ao redor do Jardim Botânico”.
Além disso, ela ressaltou que discorda de como o projeto está sendo feito. Para a vereadora, uma decisão tão importante como esta, não deveria ser realizada via decreto, mas sim discutida com a população e passar pela Câmara para ser votado, para assim ser aprovado ou não.