Autoridades afirmam que surto influenza A está controlado
Diário da Manhã
Publicado em 14 de março de 2018 às 01:52 | Atualizado há 7 anos
Após a confirmação do surto de influenza A, causado pelo vírus H1N1, na Vila São José Bento Cottolengo, localizado no município de Trindade, a gerente de Vigilância Epidemiológica de Goiás, Magda Maria de Carvalho, declarou ontem, 13, em entrevista coletiva, no auditório Hilton Monteiro do Centro Administrativo Municipal Prefeito Pedro Pereira da Silva, que o surto está sob controle e os pacientes contaminados ou com suspeitas, já estão sendo tratados.
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) está acompanhando o caso, e disponibilizará um tratamento e quimioprofilaxia com tamiflu para os internos da instituição e trabalhadores com comorbidades ou fatores de risco.
A epidemiologista orienta que qualquer sinal de alarme como febre alta, falta de ar e dor no corpo procurar, imediatamente, auxílio médico. Além de Magda, estiveram presentes na coletiva, o diretor de Vigilância do Município, Leonardo Izidório e o diretor técnico do Hospital de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hutrin), Dr. Roberto Zonta.
Segundo o diretor do Hutrin, será montado na unidade um hospital de campanha para atender possíveis pacientes infectados com o vírus, caso apareçam novos casos. Ele orienta ainda que a população não precisa entrar em pânico. “Fora os pacientes da Vila São Cottolengo, não há registros em Trindade de pessoas diagnosticadas com H1N1”, aclara.
Os casos de influenza A apareceram de forma antecipada, com isso, a SES solicitará ao governo do Estado para adiantar a campanha de vacinação contra o vírus, que no calendário nacional, está prevista para acontecer em todo país de 16 de abril a 25 de maio para grupos prioritários.
De acordo com o diretor técnico da Vila São Cottolengo, Sandro Albino, todos os internos foram vacinados contra o vírus do H1N1 há dez meses, e provavelmente, podem ter sido contaminados por visitantes. O período de imunidade vai de 6 a 12 meses.
O caso repercutiu em todo Estado deixando a população em pânico, professora Maria Célia de Andrade, mora em Trindade, e se diz preocupada com a possibilidade de contaminação. “Eu e toda minha família estamos preocupados, ultimamente tenho medo de sair de casa, não dá para manter a calma com pessoas morrendo por conta desse vírus”, expõe.
CUIDADOS
Enquanto as vacinas não são disponibilizadas, a população pode buscar meios de se prevenir para evitar o contágio do vírus A, como por exemplo, não frequentar locais fechados, principalmente crianças pequenas, gestantes ou idosos, lavar as mãos frequentemente, usar álcool em gel, evitar de levar as mãos no rosto ou colocar na boca.
As doses da vacina são importadas dos Estados Unidos e da França, devido aos casos de H1N1, Goiás terá prioridade na vacinação. O diretor de Vigilância em Saúde do Município, garante que Trindade possui todos os insumos necessários e serão disponibilizados em locais públicos e nas unidades de saúde, como álcool em gel e máscaras. Todos os servidores da saúde estão aptos para lidar com a incidência, além de informar a população sobre as medidas preventivas.
CASOS VILA SÃO COTTOLENGO
Os casos de H1N1 confirmadas na Vila São Cottolengo vem deixando a população assustada. Oito internos da instituição morreram em 16 dias, depois de apresentarem sintomas como quadro respiratório agudo, febre e dores no corpo. Dos pacientes que vieram a óbito, somente um caso foi confirmado da infecção do vírus A, os demais seguem em investigação. Quatro pacientes tiveram sintomas parecidos, mas após a realização de exames, não tiveram a confirmação da doença.