Babá flagrada agredindo criança com deficiência é presa em Águas Lindas de Goiás
Júlio Nasser
Publicado em 28 de maio de 2016 às 14:48 | Atualizado há 9 anos
A babá de 38 anos, que foi flagrada através das câmeras de segurança da casa onde trabalhava, agredindo um menino de 12 anos, que possui deficiência múltipla, foi presa em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
O decreto foi expedido pela juíza Cláudia Silva de Andrade Freitas, titular da 1ª Vara Criminal da cidade. O crime aconteceu em setembro de 2015 e desde então a babá respondia o processo em liberdade.
A juíza explicou que em análise do parecer do Ministério Público de Goiás (MP-GO), resolveu acatar o pedido de prisão, com o objetivo de assegurar a instrução criminal.
A agressora foi presa na quinta-feira, 26, no Fórum de Águas Lindas de Goiás. Na ocasião a babá estava no local para prestar esclarecimentos à Justiça, uma vez que respondia pelo processo em liberdade. Cláudia explicou que a mulher deveria ir mensalmente ao Fórum para prestar contas sobre sua vida.
A juíza ainda acrescentou que anteriormente a babá era acusada apenas por maus-tratos, mas que com a análise das imagens e da denúncia do MP, ela passou a ser responsável pelo crime de tortura e caso seja condenada poderá pegar de 2 a 8 anos de prisão.
FLAGRANTE
Nas imagens capturadas pelas câmeras de segurança da casa onde a babá trabalhava, é possível ver o momento em que a mulher dá um chute na cabeça da criança quando ela está deitada no chão. Em outras ocasiões a cuidadora coloca o pé sobre o menino e no momento de troca de roupa e fralda, ela puxa a vítima com agressividade.
Em depoimento, a mulher confessou as agressões a polícia, alegando que os maus-tratos ocorreram poucas vezes em momentos em que ela estava passando por problemas pessoais. Na ocasião, ela pediu desculpas à família do menino.
A mãe da criança de identidade não divulgada, informou que a babá cuidava do menino há dois anos. A criança nasceu com um problema cardíaco e após uma cirurgia ficou com deficiência múltipla.
Ainda de acordo com a mãe do menino, as câmeras de segurança não foram instaladas na casa por desconfiança da funcionária, mas sim pela insegurança da região.