Cotidiano

Beleza com equilíbrio: como a harmonização facial está resgatando a naturalidade nos procedimentos estéticos

Redação Diário da Manhã

Publicado em 29 de maio de 2025 às 11:14 | Atualizado há 13 horas

Nos últimos anos, o universo da estética passou por uma verdadeira revolução. Depois de uma fase marcada por exageros e rostos transformados quase irreconhecíveis, pacientes e profissionais passaram a buscar uma nova abordagem: a beleza natural, realçada com sutileza e equilíbrio. Quem explica essa mudança é a dentista e especialista em Estética e Harmonização Orofacial, Eliza Ganzaroli, que vê de perto esse movimento em seu consultório.

“Realçar a beleza sem exageros é justamente valorizar o que a pessoa já tem de bonito, corrigindo pontos que a incomodam, mas sem apagar suas características naturais”, resume Eliza. O foco, segundo ela, está na harmonia entre as partes do rosto. “Se o terço inferior está bem e o terço médio precisa de um ajuste, o objetivo é equilibrar tudo para que o resultado final seja mais simétrico e bonito — sem transformar, apenas melhorando o que já existe.”

Os procedimentos queridinhos de quem busca naturalidade

Entre os tratamentos mais procurados por quem quer rejuvenescer sem abrir mão de sua identidade, estão a toxina botulínica e os bioestimuladores de colágeno. “A toxina suaviza rugas e linhas de expressão sem alterar o formato do rosto, enquanto os bioestimuladores promovem um efeito de dentro para fora, melhorando a firmeza e qualidade da pele com o próprio colágeno do corpo”, explica.

Os preenchimentos faciais, quando feitos com moderação, também têm espaço. “São aplicados com delicadeza e em pequenas quantidades, respeitando a individualidade de cada paciente.”

A nova geração de pacientes: mais conscientes e exigentes


Segundo Eliza, a demanda por naturalidade não é mais uma exceção — é a regra. “Depois do auge das harmonizações exageradas, os pacientes se tornaram mais conscientes. Hoje, mais de 90% já chegam pedindo exatamente isso: um resultado sutil, elegante e que não mude sua essência.”

Esse novo perfil também se reflete na diversidade de públicos. “Homens, mulheres, jovens e idosos… todos querem um visual mais leve e natural. Os homens, inclusive, costumam ser ainda mais discretos e cuidadosos.”

Tecnologia a favor do equilíbrio

A tecnologia também tem sido uma grande aliada nesse processo. Equipamentos como ultrassom microfocado, lasers e peelings têm sido combinados aos injetáveis para potencializar os efeitos com menos produto e maior segurança. “Eles não alteram o formato do rosto, mas melhoram a textura da pele e ajudam na produção de colágeno, proporcionando resultados mais duradouros e naturais.”

Quando o bom senso é essencial

Apesar da tendência à sutileza, nem todos os pacientes chegam com expectativas realistas. Nesses casos, o papel do profissional é fundamental. “O alinhamento de expectativas é metade do sucesso do tratamento. Precisamos explicar os limites do organismo, da pele, da técnica e, principalmente, respeitar o senso estético. Um bom planejamento evita frustrações e riscos à saúde.”

E os riscos, quando os exageros acontecem, não são apenas estéticos. “Se aplicarmos volume demais em uma região, podemos comprimir artérias, causar necroses e outras complicações graves”, alerta.

A harmonização do futuro

Para Eliza, a harmonização facial está, enfim, voltando às suas origens. “Hoje, ela cumpre o papel que deveria ter tido desde o início: harmonizar e não transformar. A palavra-chave é naturalidade. E, por mais desafiador que seja, esse é o caminho mais bonito e seguro a seguir.”

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