Criança de 6 anos morre após receber 4 anestesias para enfaixar braço quebrado
Letícia Graziely da Silva
Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 19:56 | Atualizado há 4 anos
Um menino de 6 anos, morreu no último sábado (20), em Macaré (AM). Segundo a mãe da criança, Sandy Freitas, a morte ocorreu após o menino receber quatro anestesias para enfaixar um braço quebrado. Ela afirma que chegou a acompanhar a aplicação das doses.
Saimon Gabriel Freitas Neri da Costa, deu entrada no hospital Dr.Hamilton Cidade na quinta-feira (18), após fratura o braço sofrer um acidente de moto com o pai, que também ficou internado.
A criança foi levada à uma unidade hospitalar, mas até o sábado, ainda não tinha imobilizado o membro e só foi levado para sala de procedimentos por volta de 21h30, afirmou a mãe.
“Eu tinha ido pegar água para o meu marido, quando vi que eles levavam o meu filho na maca. E aí ele gritou por mim: ‘Mamãe, mamãe!’. Eu pedi para ele se acalmar que era o procedimento para ajeitar o bracinho dele e que logo ele estaria de volta. Pedi para o médico deixar eu entrar na sala de procedimentos para acalmar meu filho e ele permitiu”, contou.
De acordo com a mãe, em seguida o médico aplicou três anestesias locais na criança, ao ver que o menino continuava acordado e sentido dor, aplicou uma quarta anestesia, geral. Sandy disse que começou a prestar atenção nos sinais vitais da criança.
“Vi o pezinho dele ficar branco, branco. Depois toquei no coração dele, senti ficando fraco e quando eu falei para o médico, ele verificou que a boca dele estava ficando roxa e aí começou a fazer uma massagem para tentar reanimá-lo”, contou a mãe.
O menino foi levado para outra sala do hospital onde foi intubado. A mãe informou que não pôde entrar e que só recebeu a notícia do falecimento do filho por volta de 22h30.
“Meu filho era um menino alegre. Todo mundo o conhecia. Pode vir aqui e perguntar. As enfermeiras que o atenderam sempre o viam radiante, feliz, confiante que tudo ia dar certo”, desabafou. “Eu quero justiça pelo meu filho. Meu filho merece justiça”.
A mãe fez um boletim de ocorrência e pretende ingressar com uma ação na justiça. O menino foi enterrado dois dias após o falecimento. A Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde do município, distante 330 quilômetros de Manaus, ainda não foram ouvidos.