Cotidiano

Da luta armada à diretoria da AGR

Diário da Manhã

Publicado em 21 de junho de 2017 às 02:55 | Atualizado há 4 meses

Ele era marinheiro, à época do golpe de Estado civil e militar que depôs o presidente nacional – estatista em sua versão trabalhista, João Belchior de Marques Goulart, em 1º de abril de 1964. Uma noite que duraria 21 anos. Como apontam Camilo Tavares e Flávio Tavares. Depois, aderiu à estratégia de luta armada. A sua referência era o carbonário baiano, filho de um belo italiano de olhos azuis com uma linda negra da etnia Haussá, de nome Carlos Marighella. O ex-deputado federal constituinte de 1947, que havia levado um tiro, em 1964, dentro de uma sala de cinema, no Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, morreu em 4 de novembro de 1969. O esquerdista que deixou a Marinha foi preso, torturado e acabou no exílio. Na América do Sul.

– Tempos sombrios aqueles.

Em 11 de setembro de 1973, com o golpe de Estado civil e militar, patrocinado pelos EUA, com o apoio dos generais do Brasil, o médico marxista Salvador Allende, eleito em 1970, no Chile, que inaugurara a via-pacífica para o socialismo, é deposto e morre no Palácio de La Moneda. General, Augusto Pinochet, que deixou uma fortuna de 21 milhões de dólares escondida no exterior, antes de morrer, toma o poder do Estado e se confunde com ele. O brasileiro, hoje, radicado em Goiânia, escapa, embarca para a Suécia e depois para em Moçambique, ao lado de Daniel Aarão Reis Filho e de Juarez Ferraz de Maia. O seu nome é José Duarte dos Santos. Com a anistia, de 26 de agosto de 1979, enviada por João Figueiredo, ele retorna ao Brasil.

– Anos de exílio.

Anos de chumbo

O revolucionário neoconvertido à social-democracia de tipo tupiniquin passou pela Celg [Companhia Energética de Goiás], foi diretor da Agência Goiana de Comunicação [Agecom], diretor do Departamento Estadual de Trânsito [Detran] e, hoje, é conselheiro, eleito, para um mandato de quatro anos, da Agência Goiana de Regulação, a AGR. Trocando em miúdos: é ainda membro do “núcleo duro” da antiga Fundação Pedroso Horta. Tucano, é ligado ao presidente do PSDB, em Goiás, que é vice-presidente nacional da sigla, o deputado federal Giuseppe Vecci, homem de confiança do inquilino da Casa Verde, Marconi Perillo [PSDB]. Além de Carlos Maranhão, Nelson Guzzo, Humberto Tannus, Guilherme Freitas. José Duarte dos Santos comemora, hoje, mais um aniversário. A festa será no Restaurante Imperador, às 20h.
– Vida longa, el comandante!


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