Documentos apontam que Bin Laden deixou milhões em herança para Jihad
Redação DM
Publicado em 1 de março de 2016 às 19:43 | Atualizado há 9 anos
O líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, determinou em seu testamento que a maior parte de sua riqueza, US$ 29 Milhões (equivalente a R$ 115,7 milhões), fosse destinada ao grupo Jihad.
O documento foi divulgado nesta terça-feira (1º) junto a outros 113 papeis obtidos na operação de maio de 2011, que acabou na morte de Bin Laden, no Paquistão. Eles foram divulgados após passar por uma análise feita por agências do governo norte-americano.
O líder muçulmano planejava dividir o dinheiro entre os familiares, mas determinou que a maior parte do dinheiro fosse dada ao grupo religioso.
Uma nota manuscrita, que agentes da inteligência norte-americana acredita que tenha sido escrita no final da década de 1990, mostra como Bin Laden gostaria de distribuir os US$29 milhões que possuía no Sudão.
Segundo a nota feita por Bin Laden, um por cento do montante iria para Mahfouz Ould al- Waild, militante veterano da Al Qaeda, que usava o pseudônimo de Abu Hafs AL Mauritani.
“Ele (Mahfouz) já recebeu entre US$ 20 mil e US$ 30 mil disso. Prometi a ele que iria recompensá-lo se ele tirasse o dinheiro do governo sudanês”, afirma o líder muçulmano na nota.
Outro 1% da soma deveria ser dada a um segundo associado, o engenheiro Abu Ibrahim al-Iraqi Sa’ad, por ter ajudado a criar a primeira empresa de Bin Laden, a Wadi al-Aqiq.
Bin Laden viveu no Sudão por cinco anos, como convidado. Porém, em maio de 1996, o então governo fundamentalista islâmico o pediu para ir embora devido à pressão dos Estados Unidos.
O líder da Al Qaeda também pediu aos parentes mais próximos para que usassem o resto da fortuna para apoiar o grupo religioso.
“Espero que meus irmãos, minhas irmãs e minhas tias maternas obedeçam meu desejo e gastem todo o dinheiro que me sobrou no Sudão no jihad, em nome de Alá”, escreveu.
No último parágrafo do documento, Bin Laden pede perdão a seu pai caso “tenha feito algo que não gostasse”.