Cotidiano

Elas ajudam papai Noel e são mais bonitas

Júlio Nasser

Publicado em 25 de dezembro de 2015 às 13:15 | Atualizado há 9 anos

Welliton Carlos

Ao contrário do mito em torno de papai Noel, ela é uma estratégia de marketing e uma criação bem definida e localizada no tempo.

É também muito mais interessante sob o ponto de vista estético!

A esposa do Papai Noel não tem uma contrapartida no folclore ou na mitologia, como o bom velhinho, cuja genética se perde no tempo e na religiosidade possivelmente ligada à São Nicolau, mas na ação da poetisa Katharine Lee Bates, que teria se inspirado em uma revista anônima escrita na Universidade de Yale.

Autora do poema “Dona Noel num passeio de trenó”, escrito em 1889, a pequena criação originou um frisson em torno da personagem que a cada ano, depois da expressiva e robusta presença do papai Noel, povoa os pensamentos daqueles que comemoram o nascimento de Jesus Cristo – que nada tem a ver com papai Noel.

Nas décadas de 1930 e 1940, a figura da mamãe se fortaleceu.

A personagem esteve presente em diversos contos, filmes e programas.

Mais recentemente, todavia, uma guinada erotizante fez da mamãe Noel um fetiche masculino. A partir dos anos 50 tornou-se comum encontrar uma mamãe Noel para lá de bonita. Mas excitante. Nas páginas de Playboy e Hustler, era certo: o mês de dezembro sempre presenteava os homens com uma beldade.

Uma das pioneiras, claro, foi a atriz Marilyn Monroe (“Quanto mais quente, melhor”), que inaugurou uma estética mais próxima do fetiche atual. As primeiras imagens em branco e preto não deram a dimensão de sua beleza. De roupas curtas e calça branca e colocada nas formas, ela despertava nos homens maduros (e jovens, claro) uma ideia diferente de “presente”.

As coloridas mostram a real dimensão do fetiche hollywoodiano: a pele rosada decalcada das pin ups revelam uma gradação fiel ao vermelho do Natal. O fato é que da mesma forma que perdura a imagem mais bondosa e tranquilizadora da mamãe Noel,  permanece forte e presente as variantes das mamães portadoras de sensualidade.

Neste ano, a Mulher Melancia, que se assume objeto sexual por conta de sua imagem comestível, realizou seu próprio fetiche e se vestiu de mamãe Noel.

Apesar de menor repercussão, e sem pretensões erotizantes, várias outras mulheres assumem a tradição de mulheres bondosas e seguem na distribuição de presentes pelo país e no mundo.

Que o diga as mamães dos Correios, que assumiram a missão de alegrar não os papais, mas os filhos em missões de paz e carinho.

O DM publica a imagem de algumas das antigas e novas mamães noeis para você compreender a evolução da companheira de papai Noel.

 

 

 

 

 

 

 

Mamãe Noel: sensualidade no olhar e nas formas

 


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