Cotidiano

Encontro debate perspectivas de tratamento para autismo

Redação DM

Publicado em 27 de abril de 2016 às 17:18 | Atualizado há 9 anos

Assim como ocorre com muitos pais quando estão no consultório e são confrontados com o diagnóstico de que seu filho está no Transtorno do Espectro Autista (TEA), muitas pessoas sabem muito pouco sobre esta síndrome, que já atinge 2 milhões de brasileiros, e menos ainda sobre o tratamento científico utilizado, a terapia ABA.

Para esclarecer pais e capacitar profissionais das áreas de Saúde e Educação, o Instituto Goiano de Análise do Comportamento (IGAC) e a neuropsicóloga Raquel Magalhães organizam o 1º Encontro Goiano de Autismo, que será realizado neste sábado, 30 de abril, e domingo, 1º de maio, na Câmara Municipal de Goiânia.

A programação é vasta e inclui palestras com neuropediatras, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, neuropsicólogos, pedagogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras e advogados. Na mesa de debates, além da terapia ABA, temas como diagnóstico precoce, adaptação curricular para crianças com TEA, atividades de vida diária (AVDs), desenvolvimento da linguagem, direitos dos pacientes e inclusão escolar.

Um dos momentos mais aguardados do 1º Encontro Goiano de Autismo é o depoimento de Nelson Marra, um jovem de 22 anos que tem autismo leve. Natural de Barra do Garças (MT), Nelson mora atualmente no Rio de Janeiro e é formado em Artes Cênicas. Ele vai falar sobre suas experiências e desafios ao longo da vida.

Dois dias antes do 1º Encontro Goiano de Autismo, na quinta e sexta-feira (28 e 29 de abril), está prevista a realização de cinco workshops na sede do IGAC, no Setor Marista.

Os temas são “Comunicação Alternativa”, “Manejo de Comportamento Problema no TEA”, “Planejamento e Confecção de Materiais Escolares”, “Pediatria e Diagnóstico Precoce” e “A importância de brincar no TEA”.

SOBRE O AUTISMO
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento, e não uma doença, caracterizado por alterações significativas de comunicação, interação social e de comportamento.

Nem sempre ele está associado à deficiência mental; algumas crianças têm inteligência normal e até acima da média, como retratado no clássico “Rain Man”, filme estrelado por Dustin Hoffman e Tom Cruise na década de 1980.

Antes dos três anos de vida já podem ser observados alguns sinais, como alterações no sono, aversão ao contato físico, dificuldade de olhar nos olhos, não responder quando chamado pelo nome, não imitar o gesto dos pais (como bater palmas, acenar ao se despedir), dificuldade de interação com crianças, entre outros. Se desconfiados, os pais devem relatar suas dúvidas ao pediatra.

Foto: Marcos Santos (Agência Brasil)

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