Esquema milionário de lavagem de dinheiro usava até documentos de pessoas mortas
DM Redação
Publicado em 27 de agosto de 2025 às 08:54 | Atualizado há 1 hora
Um grupo de empresários foi condenado por movimentar R$ 500 milhões do tráfico de drogas usando empresas de fachada, operações financeiras ilegais e até CPFs de pessoas que já tinham falecido. O caso aconteceu em Goiás e é investigado no âmbito da Operação Red Bank, iniciada em 2018.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), os envolvidos criaram um esquema complexo para dificultar o rastreamento do dinheiro. Parte das transações era feita no nome de terceiros e até com documentos de pessoas mortas. O grupo também comprava dólares no mercado paralelo e usava falsas agências de turismo para justificar os valores, como se fossem para viagens ao exterior.
Na decisão, a juíza Placidina Pires destacou que o esquema ajudava diretamente o tráfico de drogas e contribuía para a violência. Ela também relatou que o alto poder econômico dos envolvidos tornava o caso ainda mais grave.
As penas vão de 8 a 17 anos de prisão, todas em regime fechado. Os empresários vão cumprir pena na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens, como carros de luxo, imóveis e contas bancárias ligadas ao grupo.