Cotidiano

Estudante é condenada por mentir ser quilombola para entrar em curso de medicina

Diário da Manhã

Publicado em 4 de abril de 2016 às 18:06 | Atualizado há 4 meses

uesb

A estudante universitária, Maiara Aparecida Olívia Freire, 26 anos, foi condenada a dois anos de prisão em regime aberto porque fez uma declaração falsa para ter acesso ao curso de medicina da Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) por meio de cotas.

De acordo com o Ministério Público, a moça apresentou uma declaração falsa alegando fazer parte da comunidade quilombola (descendente de escravos), o Povoado da Rocinha, zona rural de Livramento de Nossa Senhora (Chapada Diamantina), para ingressar na universidade como cotista.

Na últa quarta-feira (30/03), o o juiz Clarindo Lacerda Brito decidiu penalizá-la com prestação de serviços à comunidade e ao pagamento de um salário mínimo em forma de cestas básicas.

Entendendo o caso

A estudante Maiara Aparecida foi denunciada pelo Ministério Público Estadual em 2014. A promotora Carla Medeiros foi quem recebeu a denúncia anônima sobre a fraude.

A promotoria solicitou o cancelamento da matrícula da estudante na universidade porém o juiz negou, alegando que a própria Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) deveria tomar as providências. Até que o setor jurídico da universidade analise o caso, Maiara continua estudando medicina normalmente.

Procurada, a Uesb informou que o setor jurídico da universidade vai analisar o caso da estudante. Enquanto isso não ocorre, Maiara, que não foi localizada para comentar o assunto, continua estudando medicina na universidade.

O advogado da estudante, Marlon Nogueira Flick, disse estar procurando fundamentos para a defesa recorrer.


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