Cotidiano

Ex-funcionários da Metrobus recebem benefícios previdenciários indevidamente

Diário da Manhã

Publicado em 20 de julho de 2016 às 03:20 | Atualizado há 9 anos

Os envolvidos devem passar por perícia. Segundo a Polícia Federal, o prejuízo causado pelas fraudes pode chegar a R$ 6 milhões

Suspeitos de receber aposentadoria por invalidez por meio de fraude continuam recebendo benefício e devem seguir recebendo até que novas perícias sejam feitas, para que a Previdência Social possa suspender o recebimento. Segundo a Polícia Federal, o prejuízo causado pelas fraudes pode chegar a 6 R$ milhões. A operação deflagada pela PF na manhã dessa terça-feira (19) teve 45 mandatos judiciais cumpridos e pediu a revisão de 22 benefícios.

A força tarefa da Polícia Federal contou com cerca de 150 policiais federais e, em conjunto com o Ministério Público, a Operação Segundo Princípio cumpriu 45 mandatos judiciais em todo o Estado, sendo 18 de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Santa Bárbara, Trindade, Senador Canedo, Indiara, Cachoeira de Goiás e Terezópolis.

Os auxílios doença e aposentadoria por invalidez identificados como fraudes são pagos há mais de dois anos, sem que tenham ocorrido as devidas convocações para a reavaliação pericial. O auxílio só poderá ser cancelado após novas perícias comprovando as fraudes, e os envolvidos deverão devolver o dinheiro recebido indevidamente. “Essas pessoas vão ser convocadas pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] para que sejam feitas as perícias revisionais destes 22 benefícios que ainda estão ativos. Eles devem continuar recebendo o benefício até que isso seja feito, porque tem que ser aberto o devido processo legal, só depois a Previdência terá condições de suspender estes benefícios”, afirmou o assessor da Previdência Social, Marcelo Henrique Ávila.

Estima-se que os fraudadores atuem há mais de 15 anos. Segunda a Apegr da Previdência, a estimativa de prejuízo causado pelo esquema aos cofres da Previdência é de R$ 5,7 milhões. No entanto, a desarticulação do esquema criminoso proporcionou uma economia estimada de R$ 7,8 milhões, considerando a expectativa de vida média da população brasileira.

A denuncia listou 32 nomes de titulares de benefícios, nos quais foram confirmados contradições pelo exercício de atividades incompatíveis com a alegada incapacidade que ocasionou a concessão dos benefícios por meio de esquema.

Segundo a delegada Marcela Rodrigues de Siqueira, da Delegacia de Combate a Crimes Previdenciários, em um dos casos, um ex-funcionário da Metrobus, aposentado por invalidez devido a um problema de coluna, segue trabalhando normalmente como taxista na Capital. Empresários e outros beneficiários com renovação de Carteira Nacional de Habilitação para o exercício da atividade de motorista profissional dentro do período de incapacidade alegada.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e uso de documento falso.

 


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