Família suspeita que adolescentes fugiram para viver triângulo amoroso
Redacão
Publicado em 19 de outubro de 2015 às 22:46 | Atualizado há 10 anos
De repente, fugir com namorado tornou-se um modelo de comportamento da geração Y. Também chamada de geração da internet ou do milênio, ela está plugada em novidades tecnológicas e mudanças radicais de padrões de vida. E fugir é uma prática comum, conforme se observa pelas manchetes dos jornais. Apenas em Goiás, 17 casos de fuga entre adolescentes ocorreram deste o início do ano.
A Polícia Civil de Pires do Rio que o diga. Ontem, os familiares de três procuraram a autoridade policial para denunciar que seus filhos fugiram. Mas desapareceram para viver o poliamor.
Nathaniel, Andressa e Gevison estão desaparecidos por conta de um suposto relacionamento íntimo. Como foram informados de que o relacionamento seria inaceitável e teriam que colocar um fim no triângulo, eles resolveram abandonar suas casas.
A suspeita é de que os três desaparecidos sejam adeptos da prática de ter mais de um relacionamento íntimo simultaneamente . E com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. Apenas as famílias não concordam.
Andressa tem 14 anos e os dois rapazes completaram 16. Conforme a mãe de Nathanael, a frentista Joelma Pereira , todos foram informados de que “não existe esse tipo de namoro”.
Segundo a Polícia Civil, a mãe tentou explicar para Nathanael que ele é um “menino bonito” e que não faltam jovens querendo namorá-lo. Mas o jovem teria sido irredutível e dito que ama Andressa e o amigo. Diante da confusão, os três fecharam um pacto: fugir.
Os familiares começaram a desconfiar do relacionamento devido a proximidade dos garotos. Em um sábado, os três resolveram dormir na casa do pai de Gevison. Montaram uma barraca de fora e ficaram lá. O pai desconfiou. Mas os dois jovens assumiram que eram irmãos. Mesmo assim perdurou a duvida.
A Polícia Civil aguarda informações sobre os três jovens e acredita que eles possam estar em municípios próximos.
Relacionamentos diferentes
Para a população de Pires do Rio, o poliamor de Nathanael, Andressa e Gevison pode soar diferente. Mas as diversas formas de poliamor têm sido estudadas e pesquisadas por psicólogos e sexólogos do mundo com bastante naturalidade. Existe até mesmo uma conferência internacional desta espécie de relação aberta.
Redes de relacionamentos interconectados, sub-relacionamentos e polifidelidade são algumas das formas do poliamor. Os acordos geométricos – dizem os especialistas – estão bastante na moda entre integrantes da geração Y. “Pode ser que um dos elementos em comum, a mulher, acredito, seja o pivô, a charneira, a que coordena os dois machos. E os dois jovens seriam os braços do relacionamento”. É algo comum e aceito. A tendência é que estes relacionamentos geométricos tenham menos preconceito do que os relacionamentos homoafetivos. No caso destes jovens, que não conheço, nem sabemos se é realmente o que tem sido dito pela imprensa, talvez o polo de convencimento seja a jovem. Os familiares precisam entender o que se passa com ela e se é natural este relacionamento”, diz a psicóloga Leila Bernardes, sexóloga e também terapeuta analítica.