Cotidiano

Férias com perigo: consumo de álcool e mergulhos impulsivos preocupam especialistas

Redação Online

Publicado em 15 de julho de 2025 às 21:24 | Atualizado há 7 horas

A maioria das vítimas tem entre 15 e 40 anos e, em muitos casos, estava sob efeito de álcool
A maioria das vítimas tem entre 15 e 40 anos e, em muitos casos, estava sob efeito de álcool

Com a chegada das férias e a alta nas temperaturas, cresce o número de acidentes provocados por mergulhos em águas rasas em Goiás. Especialistas do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) chamam atenção para o risco de lesões na coluna cervical, que podem causar paralisia irreversível ou até morte. A prática, comum em rios, cachoeiras e piscinas, está frequentemente associada ao consumo de bebidas alcoólicas.

Segundo a ortopedista Luna Mangueira, especialista em coluna, o aumento dos casos é visível durante o período de julho a setembro, quando as pessoas buscam mais atividades aquáticas. “No ano passado, atendemos quatro vítimas em uma única semana. É um padrão que se repete anualmente”, afirma a médica.

A maioria das vítimas tem entre 15 e 40 anos e, em muitos casos, estava sob efeito de álcool. Luna destaca que o consumo de bebidas reduz o senso de risco e leva a decisões perigosas. “O álcool está por trás de boa parte dos casos. Já atendemos também crianças, mas os jovens adultos são os mais afetados”, diz.

Locais como rios de água turva, bordas de piscina e cachoeiras concentram os maiores riscos. A profundidade, especialmente em rios, varia conforme a estação. “O leito pode secar e enganar até quem conhece o local. Em piscinas, a profundidade de 1,5 metro não é adequada para mergulho de ponta”, alerta Luna.

Para evitar tragédias, os médicos recomendam não mergulhar em locais desconhecidos. Se insistir, o local precisa ter ao menos de 2 a 3 metros de profundidade. É essencial considerar o peso e altura da pessoa e, antes de qualquer salto, entrar na água e avaliar se é seguro.

Em caso de acidente, o resgate deve ocorrer com o máximo de cuidado. O ideal é manter o pescoço da vítima imóvel e acionar imediatamente o socorro médico. “A forma de retirada pode definir o futuro do paciente”, reforça a médica.

Brincadeiras de empurrar ou jogar pessoas na água também devem ser evitadas. Os médicos reforçam que a maioria das ocorrências graves não ocorre por falta de conhecimento, mas por descuido e atitudes impensadas.

Foto: PxHere

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