Fim da guerra em Gaza deixa mais de 67 mil mortos e crise humanitária
DM Redação
Publicado em 11 de outubro de 2025 às 11:07 | Atualizado há 3 horas
Após anos de ataques, destruição e negociações diplomáticas tensas, a guerra na Faixa de Gaza chegou oficialmente ao fim, com um saldo devastador de mais de 67 mil mortos, entre eles milhares de crianças. O anúncio do cessar-fogo foi feito após intensa mediação do Catar, Egito, Estados Unidos e Turquia, encerrando um dos conflitos mais sangrentos da história recente do Oriente Médio.
Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023, 67.211 pessoas perderam a vida e mais de 57 mil ficaram feridas. Entre as vítimas estão cerca de 5 mil crianças e 10 mil mulheres, além de dezenas de milhares de homens, muitos deles civis. Mesmo com o cessar-fogo, novos ataques ainda foram registrados nos dias 9 e 10 de outubro, deixando ao menos 17 mortos e 71 feridos, segundo o próprio ministério.
A guerra transformou Gaza em um cenário de ruínas, onde a fome e a desnutrição passaram a ser novas formas de sofrimento. O colapso da infraestrutura e o bloqueio prolongado agravaram a crise sanitária. De acordo com o governo palestino, 461 pessoas morreram por desnutrição, entre elas 188 crianças. Quase 20% dos menores de cinco anos enfrentam algum grau de desnutrição aguda, reflexo direto da escassez de alimentos, da falta de eletricidade e do colapso dos serviços básicos.
A destruição é quase total. Hospitais, escolas, prédios residenciais e centros religiosos foram atingidos ao longo dos bombardeios, e a maioria da população perdeu a moradia. As Nações Unidas estimam que mais de dois milhões de palestinos precisem de ajuda humanitária urgente.