Grupo suspeito de estelionato eletrônico é preso
DM Redação
Publicado em 7 de outubro de 2025 às 09:39 | Atualizado há 1 hora
Um grupo suspeito de aplicar fraudes eletrônicas e lavar dinheiro foi preso durante a Operação Enigma, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás, com apoio da Polícia Civil do Ceará. A ação, realizada nas cidades de Fortaleza, Pacatuba e Maracanaú (CE), cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão preventiva, tendo como alvo uma organização criminosa que aplica golpes em pessoas com processos judiciais em andamento.
As investigações mostraram que o grupo era bem organizado e agia aplicando golpes em pessoas que tinham processos na Justiça. As vítimas eram levadas a acreditar que haviam ganhado suas ações e recebiam ligações de falsos advogados, que pediam depósitos via PIX para liberar valores. Depois dos pagamentos, as vítimas descobriam a fraude ao procurar seus verdadeiros advogados.
Além de uma vítima em Rialma, a polícia identificou outras nos estados de Sergipe e Rio de Janeiro, mostrando que o grupo agia em diferentes regiões do país.
Durante a apuração, os policiais descobriram quem eram os responsáveis por comprar equipamentos e coletar dados usados nos golpes, além dos membros que cuidavam do dinheiro obtido de forma ilegal.
Segundo a Polícia Civil, alguns dos envolvidos tinham até 14 contas bancárias em nomes diferentes e movimentavam cerca de R$ 20 mil por dia. O grupo usava uma técnica chamada “smurfing”, que serve para espalhar o dinheiro em várias contas de “laranjas”, dificultando o rastreamento. Depois disso, o dinheiro era sacado e entregue aos líderes da quadrilha.
A operação reuniu cerca de 70 policiais civis de Goiás e do Ceará. Ao todo, oito pessoas foram presas, e os agentes apreenderam 52 cartões bancários, 26 munições de calibre restrito, grande quantia em dinheiro e uma motocicleta.