H1N1 atinge três pacientes do Hospital Vila São Cottolengo em Trindade
Diário da Manhã
Publicado em 10 de março de 2018 às 17:53 | Atualizado há 7 anos
Foto:Reprodução
O diretor técnico do hospital filantrópico Vila São Cottolengo, Sandro Albino, confirmou na manhã deste sábado, 10, durante coletiva de imprensa que três dos sete internos que estão isolados na unidade, localizada em Trindade, foram diagnosticados com H1N1. Dois deles seguem recebendo tratamento no hospital, e outro foi transferido ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo)
Entre os dias 24 de fevereiro e 5 de março, sete pessoas morreram no local, mas até o momento, a Saúde municipal não confirmou se os óbitos estão ligados à doença.
Albino explicou que dessas sete, quatro óbitos foram motivados por pneumonia. Ele ressaltou que os 321 internos foram vacinados contra a Influenza há dez meses.
Para o diretor, a confirmação não é motivo para gerar pânico, uma vez que o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Trindade, Leonardo Izidório, afirmou que não existem outros casos de H1N1 na cidade.
“Iremos intensificar as formas de prevenção da doença, em todas as unidades básicas de saúde e na Unidade de Pronto Atendimento, bem como junto aos colaboradores de todos os departamentos da Prefeitura, para que possam saber informar e esclarecer a população”, pontuou Izidório.
Segundo a SMS, como medida preventiva, a campanha de vacinação contra a doença deverá ser antecipada. Até o momento, o cronograma prevê que ela comece no dia 16 de abril.
Prevenção
A secretaria explica que como a transmissão da Influenza se dá através da saliva ou secreção nasal, a maneira mais eficaz de se prevenir é com a imunização, além de cuidados básicos como a higienização das mãos e utensílios usados por pessoas infectadas.
Além disso, não é recomendado compartilhar copos, colheres, alimentos e outros itens de uso pessoal. Izidório também orienta a população a não ficar em locais com aglomeração de pessoas.
A campanha de vacinação deve atender grupos prioritários, como pessoas com doenças crônicas, crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, mulheres que deram a luz há pouco tempo, profissionais da área da saúde, população indígena e carcerária, além de pessoas com mais de 60 anos.
Investigação
No último dia 6, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da Vila São Cottolendo iniciou uma força-tarefa para apurar a morte dos sete internos ocorridos no fim de fevereiro e início de março.
Segundo a instituição, 51 pacientes adoeceram e apresentaram os mesmos sintomas em menos de 20 dias.
Os internos apresentaram os primeiros sintomas de pneumonia entre os dias 10 e 15 de fevereiro. Segundo a presidente da CCIH, a enfermeira Lidiane Castro Figueiredo, na época, os pacientes foram submetidos a exames pela Vigilância Epidemiológica de Trindade, que apontaram inicialmente três hipóteses diagnósticas como dengue, pneumonia ou algum tipo de infecção viral.