Jornalista é barrada na Assembleia Legislativa

Uma confusão na entrada da Assembleia Legislativa de Goiás, ocorrida na tarde de ontem, por volta das 13h20, em Goiânia, deixou indignado um grupo de mulheres e resultou no bloqueio da jornalista Maria Planalto, do jornal Diário da Manhã, de entrar na casa

Conforme a jornalista, três mulheres que haviam chegado para uma Assembleia-Geral dos Trabalhadores da Educação da Rede Estadual, que estava programada para começar às 14h, na porta da Alego, pediram aos seguranças para entrar no local para usufruir do banheiro. Contudo, os seguranças impediram a entrada dessas mulheres, provocando um pequeno tumulto no lugar.

“Aí já começa o erro, um poder público não pode se fechar para o povo. E o mais revoltante ainda foi ver a seletividade. Dois homens que não eram funcionários da casa conseguiram entrar na Assembleia sem nenhum problema, já aquelas mulheres foram barradas”, explica a repórter.

Com a confusão, a jornalista Maria Planalto, que pretendia ir ao Bazar de Natal da Alego, uma feira que ocorre dentro das acomodações da casa e é aberta à população, foi impedida de entrar no poder, que é sediado em um bem e prédio público.

“O subchefe da segurança da Assembleia foi autoritário e agressivo. Gritava em alto e bom tom que não era para ninguém entrar por normas da casa. Ora, qual é a norma que impede uma pessoa de ir e vir? Ainda mais dentro de um órgão público? E mais, por que os gritos foram apenas destinados para as mulheres?”, questiona Maria Planalto.

DESRESPEITO

Várias testemunhas que presenciaram o ocorrido confirmam a falta de respeito dos seguranças da Assembleia Legislativa. Segundo a assessora parlamentar Maria Abadia Barbosa, que estava no momento, o subchefe da segurança só falava alto com as mulheres. “Por que ele não gritou e falou daquela forma com os outros dois homens? A casa é do povo e não deles. Até quando temos que ouvir esses desaforos e ficar caladas?”, destaca.

A confusão começou horas antes da Ordem do Dia da Assembleia Legislativa que aprovou dez projetos de lei, entre eles o que reajusta os valores dos professores de cargos PI e PII da rede estadual de ensino.