Cotidiano

Justiça do Rio nega liberdade a policiais acusados de alterar cena de crime

Redação DM

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 18:33 | Atualizado há 9 meses

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil

Os cinco policiais militares envolvidos na morte de um jovem no Morro da Providência, no dia 29 de setembro, tiveram negados pedido de liberdade. Eles foram flagrados em uma gravação feita por celular mudando a cena do crime. A decisão do juiz Jorge Luiz Le Cocq D’Oliveira, da 2ª Vara Criminal da Capital, foi divulgada hoje (9).

As imagens captadas pelo telefone de um morador mostram que os policiais colocaram uma arma na mão de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, quando este já havia sido baleado e estava caído. Depois, os policiais militares ainda atiraram duas vezes. O juiz considerou que, nesse caso, a prisão é necessária.

“De acordo com o até aqui apurado, os cinco réus (e não apenas os quatro requerentes) – todos policiais militares – concorreram para o homicídio de um rapaz de apenas 17 anos e, em seguida, procuraram adulterar a cena delituosa, em episódio que revestiu-se de gravidade concreta e causou indignação na coletividade, já que os imputados são justamente aqueles profissionais credenciados pela sociedade para protegê-la – e não para afrontá-la”, afirmou o juiz na decisão, divulgada pela assessoria do Tribunal de Justiça.

De acordo com os autos, os PMs Eder Ricardo de Siqueira, Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena, Riquelmo de Paula Geraldo e Gabriel Julião Florido realizavam uma operação de repressão ao tráfico de drogas na parte alta do Morro da Providência, quando entraram em confronto com três homens armados. O caso será julgado pelo Tribunal do Júri da capital.

 

Editor Armando Cardoso

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