Cotidiano

Justiça garante continuidade da operação da Comurg no Aterro Sanitário de Goiânia

Redação Diário da Manhã

Publicado em 11 de julho de 2025 às 08:47 | Atualizado há 6 horas

Foto: Alex Malheiros - Justiça reconhece que Comurg pode voltar a operar normalmente o aterro, evitando a interrupção dos serviços de coleta de lixo em Goiânia
Foto: Alex Malheiros - Justiça reconhece que Comurg pode voltar a operar normalmente o aterro, evitando a interrupção dos serviços de coleta de lixo em Goiânia

A Justiça goiana determinou o imediato desbloqueio da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) no Sistema de Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR-GO), permitindo que a empresa volte a gerir o descarte de resíduos sólidos urbanos no aterro sanitário da capital.

A decisão foi proferida nesta quinta-feira (10/7) pela 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, em caráter liminar, com prazo de 12h para cumprimento, sob pena de multa. O juiz Vinícius Caldas da Gama e Abreu destacou que o bloqueio afronta decisão anterior do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), que já havia garantido a continuidade do funcionamento do aterro para evitar colapso nos serviços essenciais de limpeza urbana e riscos à saúde pública.

No despacho, o magistrado ressalta que não cabe a interrupção, de forma unilateral, na prestação de um serviço público essencial, como é o caso da destinação final dos resíduos sólidos da capital. Segundo ele, o bloqueio extrapola os limites legais e poderia gerar grave dano sanitário, social e ambiental. “A conduta da autoridade ambiental estadual se mostra de extrema gravidade, sobretudo porque recai sobre serviço público essencial e que, caso interrompido, pode desencadear danos ambientais e à saúde pública de proporções elevadas”, destacou o juiz Vinicius Caldas.

A Comurg foi bloqueada no sistema estadual de resíduos sob alegação de ausência de licença ambiental válida. A companhia argumentou que o ato era arbitrário e colocava em risco a operação da coleta de lixo em toda a cidade. A Justiça reconheceu a urgência do caso e entendeu que o desbloqueio é necessário para garantir o serviço até o julgamento final da questão ambiental.

O juiz também deferiu o pedido de gratuidade da justiça à Comurg, por se tratar de sociedade de economia mista que presta serviço público essencial, em regime de monopólio e sem fins lucrativos, condição que a equipara juridicamente à Fazenda Pública. A decisão tem força de mandado judicial e dispensa a emissão de outro documento para cumprimento imediato.

Com a decisão, a Prefeitura de Goiânia segue autorizada a operar o aterro sanitário normalmente, garantindo que a população não seja prejudicada com a interrupção dos serviços de coleta e destinação de resíduos sólidos. A decisão também reafirma o que já havia sido determinado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás em abril deste ano, quando foi autorizada a manutenção das atividades da Comurg no Aterro Sanitário de Goiânia.

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