Justiça indisponibiliza bens de envolvidos em suítes de presídio
Redação DM
Publicado em 4 de março de 2017 às 02:37 | Atualizado há 8 anos
A Justiça indisponibilizou os bens de Marcos Vinícius Alves e de João Carvalho Coutinho Júnior até o valor de R$ 17.903,36. Ex-diretor da Penitenciária Odenir Guimarães (POG) e ex-superintendente de segurança prisional, respectivamente, os dois são suspeitos de atenderem um pedido do traficante Thiago Topete (morto na semana passada dentro do sistema prisional goiano): conforme apurado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), Marcos teve a iniciativa de construir 112 barracões no pátio da Ala C da unidade; João Júnior teria agido de forma omissa e permitido o prosseguimento da obra irregular.
RISCO
O MP-GO diz que a obra colocava em risco a segurança do presídio. Topete teria encomendado os quartos para que fossem realizadas visitas íntimas.
A determinação foi assinada pelo juiz Desclieux da Silva Júnior, que acatou pedido cautelar do promotor de Justiça Fernando Krebs.
O promotor processou os dois suspeitos por ato de improbidade administrativa e dano moral coletivo.
O presidiário Thiago César de Sousa (Thiago Topete), quando vivo, desejava ter um ambiente mais íntimo e financiou as obras, diz o promotor.
As investigações do MP-GO questionaram a Coordenação de Engenharia e Arquitetura da Superintendência Executiva de Administração Penitenciária, que negou existir qualquer permissão para as obras. De acordo com Krebs, as instalações hidrossanitárias e elétrica se revelaram improvisadas. (Com MP-GO)