Cotidiano

Lutador de MMA brasileiro tem duas esposas e quer legalizar união

Redacão

Publicado em 22 de março de 2017 às 16:19 | Atualizado há 4 meses

É preciso ler duas vezes para ter certeza da informação: o campeão de MMA  Ricardo Sattelmayer, de São Paulo, assumiu há poucos dias um relacionamento poliafetivo e agora tem oficialmente duas mulheres.

Em tese, não se caracteriza bigamia, um crime no Código Penal, pois as duas esposas sabem da condição e o núcleo familiar é só um. Mas juridicamente é um tema e tanto para o Direito de Família.

O atleta e professor assumiu o relacionamento  com a lutadora Aline Sattelmayer e a sua aluna Bianca.

Para o UOL, Aline Sattelmayer disse que respondeu aos amigos após ser questionada:  “O marido é meu e eu faço com ele o que eu quiser”.

Ou seja: se ela não liga para a condição, o que dirão os vizinhos e os demais que não vivem a vida dos três?  A divisão do marido rendeu menos polêmica do que imaginavam. A situação foi aceita pelas famílias.

De acordo com Ricardo Sattelmayer, tudo começou quando ele teria dito para a esposa Aline que amava também Bianca.

Não demorou muito para assumir a aluna da academia de MMA como namorada e agora, oficialmente, como esposa.

As amigas Aline e Bianca dizem que não se incomodaram em compartilhar a vida de casadas com Ricardo. Ao contrário, preferem combinar muitas ações em conjunto.

LEI

A questão é que a união só existe no grupo. Não existe norma no Brasil que regulamenta a união poliafetiva. A regra evoluiu muito desde a aprovação do Código Civil, de 2002, mas mesmo assim inexiste qualquer possibilidade jurídica na atualidade para aceitar esta espécie de relacionamento – ou seja, o trio vive junto, mas a lei só reconhece uma esposa em caso de direito sucessório, por exemplo.

O trio divide a mesma cama. E na academia,  o mesmo octógono.

Onde lecionam, na academia da família, em São José do Campos, interior de São Paulo, já é comum os comentários sobre o “casamento” inusitado.

Ricardo defende o novo formato: ele diz que tem muita gente com família tradicional, um homem uma mulher, mas que está infeliz. Daí o direito de tentar.

Para ele, o formato com duas mulheres é ótimo. E se um quarto homem entrasse no núcleo? Para o UOL, ele disse que o combinado, por enquanto, é que exista uma união duradoura, enquanto perdure o amor,  dos três. Arrematou com o consentimento: as garotas podem constituir uma vida com dois maridos. Mas precisam discutir isso antes.   

FILHOS

O casal Ricardo e Aline já tem uma filha, de 6 anos.  A chegada de Bianca veio por meio da criança. Ela era a “baby sitter” do bebê.

Bianca tem dito que deseja se transformar em uma  “Sattelmayer legítima”. Para isso pretende entrar na Justiça para ver reconhecido seu “direito” de esposa.

Como se vê, os tribunais terão muito assunto para quebrar a cabeça daqui para frente.

Tags

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia

últimas
notícias