Cotidiano

Manifestação contra a privatização do ensino em Goiás

Diário da Manhã

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 19:44 | Atualizado há 4 meses

No final da tarde dessa terça (22) centenas de manifestantes fecharam o cruzamento da Avenida Goiás com a Anhanguera, em protesto contra a implantação das OS (Organizações Sociais) na educação e também a militarização das escolas públicas. Por volta das 16:30 mesmo embaixo de forte chuva, que durou cerca de 20 minutos, os secundaristas com cadeiras nas mãos continuaram a concentração do protesto.

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A PM seguiu a manifestação que subiu pela Av. Goiás em direção a Praça Cívica, com motos e várias viaturas. Até então não foi registrado nenhum momento de repressão ou confronto.

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Os estudantes são contra a terceirização do ensino público no estado, tanto com o projeto de militarização do ensino, quanto a privatização a partir de Organizações Sociais. Desde o começo no mês secundaristas já ocuparam 23 escolas em Goiânia, Anápolis, São Luiz dos Montes Belos, Aparecida de Goiânia e Cidade de Goiás. As ocupações estão sendo apoiadas pelos país, professores e vizinhos do entorno das escolas, que doam alimentos, materiais de limpeza e outros tipos de mantimentos.

Artistas renomados na capital também se solidarizaram a luta dos estudantes que estão nas ocupações e realizaram uma série de shows e apresentações nos colégios. Na semana passada na Ocupação do Colégio Lyceu, no centro, o mais antigo da cidade e a terceira escola ocupada, recebeu o show das bandas Carne Doce, Boogarins, Chá de Gim, Components e Caffeine Lullabies.

O cantor e compositor Diego de Moraes, também se apresentou para os estudantes que ocuparam o colégio estadual Ismael Silva de Jesus. O grupo de percussão experimental Vida Seca também realizou apresentações e oficinas de batuque em diversas ocupações.

Até então o Governo do estado não apresentou nenhuma proposta de diálogo com os estudantes. As ocupações são categóricas em afirmar que só aceitam sair quando a Seduce recuar o projeto das OS e Militarização. Apesar de algumas denuncias de violência policial contra adolescentes das ocupações e também o corte de água assinado pela secretária de educação, as 23 escolas continuam com atividades diárias e já marcaram até comemorações de Natal e Ano Novo.

Hoje de manhã o Colégio Estadual Costa e Silva em São Luís de Montes Belos, foi o 23º ocupado pela comunidade escolar. No dia de ontem foi publicado um decreto que entrega a gestão dessa escola para a Polícia Militar, já no próximo ano, apesar de três audiências públicas e uma grande manifestação de mil pessoas no pequeno município.

 

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