Cotidiano

Manifestantes protestaram contra aumento da passagem

Diário da Manhã

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 22:33 | Atualizado há 4 meses

Cerca de 400 estudantes com faixas, cartazes e apitos se reuniram no final da tarde de sexta-feira (12) na Praça Cívica, no Centro de Goiânia, para protestar contra o aumento da passagem do transporte coletivo e a privatização da Metrobus. Marcado pelas redes sociais, a expectativa era de reunir mais de 500 pessoas.

Cantando “vem para rua, vem contra o aumento”, os manifestantes desceram a Avenida Goiás até a Praça do Bandeirantes, onde fizeram uma queima de caixas de papelão. Depois seguiram pela Avenida Anhanguera com destino ao Terminal Praça da Bíblia, escoltados pela Polícia Militar.

Nossa equipe de reportagem flagrou representantes da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) acompanhando a manifestação.

O reajuste da passagem e os recorrentes problemas no sistema do transporte coletivo da Grande Goiânia incomodaram muita gente. “Estamos na luta, manifestando contra o reajuste da tarifa dos ônibus e pedindo melhorias no transporte público”, disse a estudante de Direito Sara Macedo.

O protesto foi motivado depois que o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte, Décio Caetano, afirmou que mesmo com o aumento no valor da passagem, não há nenhum projeto para melhorar o transporte.

Outro estudante de Direito, Ronaldo Albuquerque, disse que o objetivo do protesto era chamar a atenção sobre o preço abusivo da passagem e a privatização da Metrobus, que opera no Eixo Anhaguera. “Nosso objetivo é confrontar as empresas do transporte, do Estado e dos municípios. Quarenta centavos de aumento é um absurdo. Não queremos também a privatização da Metrobus”, critica.

ENCAPUZADOS

Durante o percurso, manifestantes encapuzados, no mesmo sentido dos black blocs, passaram pelas plataformas do Eixo e quebraram guichês e catracas com pedaços de paus. Alguns integrantes do movimento pacífico, revoltados com a desordem, narraram à nossa equipe de reportagem que os vândalos não faziam parte do protesto e que nunca participaram de reuniões de mobilização. “Eles aproveitaram da oportunidade para fazer quebra-quebra”.

Ao chegarem ao Terminal Praça da Bíblia, no Setor Leste Universitário, ponto final do protesto, todos os ônibus haviam sido recolhidos. Ocorreu então quebra-quebra, queima de caixas de papelão e uma verdadeira desordem.

O aumento do valor da passagem de R$ 3,30 para R$ 3,70, para os 18 municípios da Região Metropolitana de Goiânia, foi anunciado no dia 3 de fevereiro pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). O novo valor começou a valer no sábado (6) .

Segundo o presidente da CMTC, Murilo Guimarães Ulhõa, o valor foi atualizado (reajuste de 12,1%) por conta dos índices inflacionários, alta do preço do óleo diesel, salário dos motoristas e variação do número de usuários por quilômetros.

Durante entrevista coletiva, o presidente do órgão garantiu que no prazo de 10 dias, os usuários da Grande Goiânia iriam receber 29 novos ônibus e que 100% da frota terão escadas com elevador para pessoas portadoras de necessidades especiais. De acordo com a CMTC, 15 milhões de passageiros usam o transporte coletivo por mês nos 18 municípios que integram a Grande Goiânia, incluindo os usuários do Eixo Anhanguera.

 


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