Cotidiano

Moradores e comerciantes criticam mão única na Avenida Mangalô sem consulta pública

Léo Carvalho

Publicado em 28 de agosto de 2025 às 14:57 | Atualizado há 2 horas

Mão única na Mangalô gera preocupação de moradores e comerciantes | Foto: Célio Alves
Mão única na Mangalô gera preocupação de moradores e comerciantes | Foto: Célio Alves

A Prefeitura de Goiânia está planejando alterações no trânsito da Avenida Mangalô, localizada no Bairro Morada do Sol, na região Noroeste. O projeto visa transformar a via em mão única e liberar vagas de estacionamento ao longo de toda a sua extensão. Segundo o prefeito Sandro Mabel, o fluxo intenso de ônibus e caminhões nos dois sentidos tem causado retenções na região, resultando em um tráfego congestionado.

A proposta inclui também a sincronização dos semáforos e a reorganização do transporte coletivo para facilitar o tráfego na área. O prefeito explicou que a intenção é fazer com que a Avenida Mangalô siga em direção ao centro da cidade, enquanto a Rua da Divisa opere no sentido oposto, criando um fluxo mais eficiente de veículos.

Além disso, a liberação do estacionamento ao longo da avenida visa beneficiar o comércio local, proporcionando mais comodidade para os consumidores e incentivando o desenvolvimento econômico da região. O prefeito afirmou que a mudança permitirá criar vagas de estacionamento em toda a extensão da avenida, beneficiando o comércio local.

Quem vive na região

No entanto, moradores e comerciantes da região não estão satisfeitos com esse anúncio da prefeitura. Maria Eunice, 56 anos, moradora do Bairro Finsocial, adjacente ao Morada do Sol, questionou: “Não e mais fácil proibir o estacionamento de um lado e deixar outro livre? Isso vai acabar com o comércio local como na [Avenida] Castelo Branco.”

O comerciante Márcio Neves, 37 anos, que há 15 anos mantém comércio de secos e molhados, na Avenida Mangalô, afirmou que não houve uma pesquisa com moradores e empesários da região. “Como vão implementar essas mudanças sem ouvir quem vive e trabalha aqui? Sem planejamento e sem ouvir quem usa a avenida todo dia, vai virar confusão e uma avenida fantasma comercialmente.”

Alguns moradores ainda demonstram preocupação com a segurança: “Mão única significa mais velocidade. Vai ficar perigoso para quem anda a pé ou de bicicleta”, alertou a professora Teresa Cavalcante, 62 anos. Ela ainda disse que: “gestão pública se faz ouvindo a população e decide com a vontade da maioria.”

Apesar do anúncio não ter sido bem recebido pela comunidade local, a proposta está em fase de planejamento e ainda não há uma data definida para sua implementação. A Prefeitura de Goiânia está avaliando as melhores soluções para melhorar a mobilidade urbana na região, levando em consideração as necessidades dos moradores e comerciantes locais.


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