Motociclista é arremessado contra vitrine em grave acidente em Goiânia
Léo Carvalho
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 12:40 | Atualizado há 16 minutos
Uma reportagem recente do Jornal Diário da Manhã revelou o aumento no número de sinistros e acidentes envolvendo motociclistas em Goiânia. De acordo com dados do Hospital de Urgências Otávio Lage de Siqueira (Hugol), entre janeiro e setembro de 2025, aproximadamente 73% das pessoas atendidas por acidentes de trânsito na capital estavam envolvidas em ocorrências com motocicletas.
Em outras palavras, quase três quartos dos acidentes registrados envolveram motociclistas, o que evidencia a grande participação desses veículos nos sinistros de trânsito da Capital.
Na última segunda-feira (20), um grave acidente foi registrado na Avenida Bernardo Sayão, no Setor Centro-Oeste, quando um motociclista invadiu a vitrine de uma loja e foi parar dentro do estabelecimento após tentar desviar de um carro VW Voyage, de cor branca, que atravessou à frente da moto. O motorista do automóvel fugiu do local sem prestar socorro.
O motociclista sofreu fraturas na perna, no braço e no ombro. Equipes de resgate foram acionadas e prestaram atendimento a vítima, que foi encaminhada a uma unidade de saúde. Quem passa pelo local do sinistro se assustavam com tamanha violência no trânsito naquela região.
Goiás violento no trânsito
A escalada da violência no trânsito em Goiânia, conforme matéria apurada pelo DM, coloca o Estado de Goiás na 12ª posição no Brasil em número de mortes por acidentes envolvendo motociclistas. Apenas no primeiro semestre de 2025, o número de óbitos chegou a 243.
Se comparados os números de pessoas que deram entrada no Hugol em decorrência de acidentes com motocicletas, observa-se que, enquanto em 2024 esse tipo de ocorrência representou 67,2% do total de atendimentos por acidentes de trânsito em todo o ano, em apenas nove meses de 2025 o índice já supera o percentual do ano anterior, com tendência de crescimento até o fim do ano.
Veja que os números considerados até agora refletem apenas os atendimentos registrados pelo HUGOL, oferecendo uma visão parcial da realidade. Muitos acidentes e sinistros não aparecem nesses registros, pois são atendidos em hospitais particulares, nos Centros de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) ou até mesmo não recebem qualquer registro formal, quando as vítimas não buscam atendimento de urgência e emergência. Isso indica que os dados oficiais subestimam o real tamanho do problema, tornando a vulnerabilidade no trânsito, especialmente das motocicletas, ainda mais grave do que os números sugerem.
A seguir, veja o vídeo do acidente ocorrido na Avenida Bernardo Sayão, em Goiânia.
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