Motorista de Uber suspeito de estupros é preso
Redação DM
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 01:18 | Atualizado há 8 anos
Alexandre Rodrigues de Sousa, de 41 anos, que se intitula motorista da Uber foi preso na última sexta-feira, no Setor Garavelo B, em Goiânia e apresentado ontem pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Goiânia (Deam) como suspeito de cometer pelos menos três estupros contra mulheres passageiras da empresa Uber, na capital.
De acordo com informações sobre a investigação do caso, divulgadas pela delegada titular da Deam, Ana Elisa Gomes, os crimes teriam ocorrido em novembro e dezembro do ano passado, na capital. O suspeito dirigia um Ford Ka e abordava as vítimas na saída de boates e shows. Para convencê-las o agressor as convenciam a não registrar as corridas no aplicativo e no momento do abuso para intimidá-las usava uma arma de choque disfarçada de lanterna.
A delegada Ana Elisa narrou que na primeira ocorrência registrada contra Alexandre ocorreu em novembro de 2016. Ao sair de um show uma jovem de 20 anos foi abordada por ele que se apresentou como motorista da Uber e faria um preço diferenciado caso não fosse feito o registro da corrida no aplicativo. Não desconfiando de nada a garota concordou, mas ao chegar no Setor Crimeia Leste, o agressor teria parado o carro e dado choques na virilha e nuca da vítima que após ser estuprada foi abandonada em uma rua deserta.
Não demorou e o suspeito voltou a atacar, ainda em novembro do ano passado, dessa vez uma jovem de 22 anos que saia de uma boate no Setor Marista. Usando da mesma estratégia Alexandre convenceu sua segunda vítima a não registrar a corrida. Mas, por sorte, talvez, a ação do criminoso não foi bem-sucedida. Ao tentar dar o choque na passageira essa conseguiu sair do carro deixando seus pertences para trás, contudo há tempo de fugir de seu algoz, conta a delegada.
No último dos registros feitos pela polícia contra Alexandre Rodrigues, este teria sido mais cauteloso. Ele teria abordado duas mulheres na saída de uma festa com a mesma proposta, a qual foi aceita. Após as jovens aceitarem não registrar a corrida no aplicativo Uber ele deixou uma delas em casa e seguiu com a outra, de 25 anos, até o Parque Anhanguera onde ele a teria estuprado e roubado seus pertences
Suspeito reconhecido
Conforme depoimento da delegada Ana Elisa, o suspeito foi reconhecido pelas três vítimas que registraram ocorrência na delegacia.
E, informalmente ele confessou os crimes e afirmou ser cadastrado como motorista parceiro da empresa Uber há um ano. “As três vítimas foram abordadas pelo suspeito em saídas de festas e casas noturnas, as corridas ocorreram fora do aplicativo, ou seja, ele negociava o transporte sem utilizar o sistema da empresa. Em dois casos o crime foi consumado, um deles a vítima conseguiu escapar mas teve os pertences roubados”.
Ao ser preso foram encontrados, na posse de Alexandre Rodrigues, máquinas de cartão, a arma de choque disfarçada de lanterna e um celular com o aplicativo da Uber instalado. A polícia investiga se outras mulheres foram vítimas de dele o qual será indiciado por estupro e roubo.
Apesar de todos os motoristas da Uber passarem por uma checagem de antecedentes criminais nas esferas federal e estadual, além de uma empresa independente fazer uma checagem de processos em andamento em todos os Estados sempre, há espaço para fraude como a praticada por Alexandre Rodrigues. O mínimo que se pode fazer é nunca deixar de registrar as corridas no aplicativo, meio pelo qual identifica o motorista dando maior segurança para os passageiros.