Cotidiano

MP apreende provas por crimes de racismo contra Maju Coutinho

Diário da Manhã

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 04:15 | Atualizado há 9 anos

SÃO PAULO – O Ministério Público de São Paulo coordenou nesta quinta-feira uma operação em 8 estados para apreender provas por crimes de racismo contra a jornalista Maria Julia Coutinho. Os suspeitos foram levados ao Ministério Público de cada região onde foram ouvidos. As informações são do Jornal Hoje, da TV Globo.

O crime contra a apresentadora aconteceu em julho deste ano. Ela foi alvo de ataques racistas em uma rede social.

A Justiça expediu 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo, no Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Fortaleza, foram apreendidos quatro celulares e um notebook. O suspeito foi convidado a prestar esclarecimentos, mas se recusou e agora vai ser notificado formalmente. O perfil era falso e foi apagado. Já em Goiás, a polícia descobriu que parte dos ataques partiu de um adolescente de 16 anos.

Em São Paulo a polícia apreendeu o computador do auxiliar de produção Kaíque Batista, de 21 anos, um dos suspeitos de enviar mensagens de cunho racista para jornalista. Em entrevista à TV Globo, ele negou participação no crime, mas garantiu que ia apontar os culpados pelo ato contra a jornalista.

– Não, meu grupo não. Agora, o grupo que publicou, eu sei quem foi. E eu vou falar. Não vou segurar o rojão de ninguém.

Durante quatro horas Batista foi ouvido pelo MP e, segundo a reportagem, delatou os grupos responsáveis por escrever mensagens racistas na internet.

Em Sorocaba, no interior paulista, um dos líderes dos ataques foi encontrado em casa. No celular dele os promotores se depararam com outros grupos com mensagens racistas.

De acordo com o promotor Christiano Jorge Santos, quando identificados, os responsáveis deverão responder pelos crimes de injúria, racismo e organização criminosa.

– Nós podemos pensar em penas que vão variar de dois a cinco anos no caso do racismo, de um a três anos no caso de injúria e organização criminosa e as penas vão sendo somadas – disse à TV Globo.

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