MP-GO oferece segunda denúncia contra médium por crimes sexuais
Diário da Manhã
Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 13:03 | Atualizado há 6 anos
Nesta terça-feira (15/01) o médium João de Deus foi denunciado pela segunda vez por estupro de vulnerável e abuso sexual mediante fraude durante atendimentos espirituais realizados em Abadiânia. Além da denúncia, o Ministério Público fez um novo pedido de prisão. A nova denúncia envolve crimes contra quatro mulheres de Goiás e uma de São Paulo. O médium está preso há um mês no Núcleo de Custódia e nega os crimes.
A nova denúncia conta também com relatos de mais oito mulheres do Distrito Federal, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Rio Grande do Sul. Entretanto, ele não foi denunciado por esses casos por terem sido prescritos, mas tais casos ajudam a embasar a segunda dnúncia. Os crimes teriam acontecido entre 1990 e 2018.
Por meio de noda, o advogado do médium, Alberto Toron, afirma que “chega a ser medonho o que os membros do MP está fazendo no caso”, pois n~ao foram informados de nada e marcaram o interrogatório um dias antes, sem fornecer o tempo necessário para que os advogados lessem todo o documento. Já os promotores informaram que a notificaram a defesa três dias antes, ou seja, na sexta-feira (11/01).
O advogado do médium pontuou ainda que o processo “é a antítese do que deve ser um processo no estado democrático de direito”.A segunda denúncia foi protocolada Fórum de Abadiânia às 11h30. O pedido de prisão preventiva contido nela é para proteger as vítimas nas fases de depoimento na Justiça, de acordo com os promotores.
Pedido de Habeas Corpus Negado
Ainda nesta terça-feira, a Justiça de Goiás Negou o pedido de o pedido de habeas corpus feito pela defesa do médium João de Deus, preso e denunciado por crimes sexuais durante tratamentos espirituais. A partir disso, o médium continuará preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde está preso desde o último dia 16 de dezembro.
O parecer contrário à liberdade de João de Deus foi emitido pelo juiz substituto Sival Guerra Pires, um dos cinco julgadores e que havia pedido vista para analisar o processo. Tal decisão era a mesma sustentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e pelos outros quatro desembargadores que integram a corte.
em sua decisão, Pires destacou os pontos levantados pela defesa, de que João de Deus tem a saúde debilitada e que está com os bens bloqueados, o que poderia motivar uma medida alternativa à prisão. Entretanto, o juiz destacou a gravidade do caso e diante disto deu seu parecer para manter João de Deus preso.