Mulher é presa suspeita de matar filha e esconder corpo dentro de caixa por 5 anos em Goiânia
Júlio Nasser
Publicado em 10 de agosto de 2016 às 17:38 | Atualizado há 9 anosUma professora de 37 anos, que não teve a identidade divulgada, foi apresentada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira, 10, suspeita de matar a filha recém-nascida e esconder o corpo dentro de uma caixa em um armário do escaninho do prédio onde morava por 5 anos, em Goiânia. De acordo com a corporação, a motivação do crime teria sido porque a criança não era filha do marido da mulher na época. O homicídio só foi descoberto ontem, terça-feira, 9, após o ex-marido ir até o escaninho buscar alguns pertences e encontrar a caixa com o corpo.
As investigações apontam que a professora deu à luz a uma menina em março de 2011, que nasceu saudável e um dia após o parto cesárea, realizado em uma maternidade particular, ela recebeu alta. Porém, de acordo com a mulher, ela asfixiou a criança antes mesmo de ir para casa, alegando que teve medo de que o marido, de quem ela se separou em 2015, descobrisse sobre a traição.
Durante o depoimento, a professora afirmou que na época o marido era ausente e não tinha conhecimento da gestação. Além disso, por ele já ter feito vasectomia não aceitaria a criança. Ela ainda acrescentou que após asfixiar o bebê, guardou o corpo dentro do guarda roupa dela por 20 dias e para evitar o mau cheiro enrolou a recém-nascida, ainda com o cordão umbilical e a pulseira da maternidade, em várias sacolas plásticas.
Passados os 20 dias, a mulher colocou o corpo dentro de uma caixa com mais sacos plásticos e papelão e trancou dentro de um armário do escaninho do prédio onde morava.
Ela e o marido estavam separados desde outubro do ano passado e moravam em casas separadas. O apartamento estava vazio e colocado à venda, porém, o ex-marido precisou ir até o local para buscar alguns pertences pessoais que estavam no escaninho, lá ele encontrou a caixa lacrada e quando abriu, sentiu um cheiro forte a acionou a polícia.
A suspeita foi presa em flagrante por ocultação de cadáver. Além disso, será indiciada por homicídio qualificado.
As investigações seguem para apurar se outras pessoas sabiam do crime ou se tiveram participação na morte da criança.