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Mulher trans acusa delegado de estupro

A vítima havia aceitado uma carona do policial

Foto: Divulgação Mulher acusa delegado de estupro

A modelo Jade Fernandes, acusa um delegado de estrupá-la na madrugada de sexta-feira, 5, em Goiânia.

A vítima foi deixada semi nua e com vários hematomas pelo corpo, na porta de sua casa, pouco tempo depois de aceitar uma carona oferecida pelo policial.

Na ocorrência registrada pela Policia Militar, a mulher contou que aceitou ir embora com o delegado depois que um jornalista, que foi quem organizou, e a convidou para a festa de aniversário dele em uma boate no Setor Alto da Glória, afirmou que o policial era de extrema confiança.

De acordo com relatos, antes de seguir para a casa dela, o delegado teria primeiro deixado outra mulher, que também estava no carro com eles, no Setor Jaó.

No caminho até o Jardim Novo Mundo, porém, ainda segundo a mulher, o policial parou o carro em uma rua sem movimento, tirou o órgão genital para fora e a agarrou. A vítima contou que tentou relutar, e que só se lembra de ter sido sacudida e jogada no porta malas do carro, ocasião em que foi estuprada, agredida, e, que depois de gritar para que ele não a matasse, e desmaiou.

Um amigo que mora com Jade relatou que ela foi deixada na porta de casa sem o vestido e bastante ensanguentada.

Pouco tempo depois, ainda conforme o depoimento deste amigo, o delegado retornou, jogou o vestido dela na calçada, e afirmou que seria melhor que resolvessem aquilo por ali, sem que o caso fosse relatado à polícia.

Após conversar com outras pessoas que estavam na festa, e depois de ligar para o jornalista que organizou o evento, a vítima soube quem era o delegado com quem ela pegou carona.

Fotos e vídeos do carro dele parando na porta da casa da mulher pouco antes das quatro da madrugada foram entregues à polícia.

Por meio de nota, a Polícia Civil disse que assim que tomou conhecimento do caso adotou todas as medidas necessárias para seu esclarecimento, e que a corregedoria da corporação já está acompanhando o caso.

Em entrevista ao Diário da Manhã, Rafael Lemos, que é coordenador do Miss Goiânia, concurso que a modelo Jade Fernandes participou, e que está acompanhando a vítima neste momento e contou que ela já realizou exame de corpo de delito.

Rafael reforça que incentivou Jade a denunciar, pois a mulher estava com medo da exposição e de julgamentos.

“Eu falei assim, Jade, você é uma mulher forte, você já passou por isso, então é uma forma de ajudar outras pessoas.”

Rafael afirma que o jornalista responsável pela festa em que o delegado e a miss participaram também apoiou e incentivou a vítima a denunciar a violência sofrida.

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