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Mulheres causam menos acidentes de trânsito que os homens, aponta pesquisa

Segundo pesquisa, mulheres provocam três vezes menos acidentes de trânsito que os homens

entre 2021 e 2022, as mulheres provocaram quase três vezes menos acidentes do que os homens. Foto/reprodução: Unsplash entre 2021 e 2022, as mulheres provocaram quase três vezes menos acidentes do que os homens. Foto/reprodução: Unsplash

Certamente você já deve ter ouvido o ditado machista de que “mulher no volante, perigo constante” ou mesmo, no trânsito, o comentário que diz “vai pilotar um fogão”. Essas falas machistas, desrespeitosas, não representam as mulheres no trânsito brasileiro, e segundo um estudo feito pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre 2021 e 2022, as mulheres provocaram quase três vezes menos acidentes no trânsito do que os homens.

Ainda segundo o estudo, realizado a pedido da fintech ZigNet, foram registradas 183% de ocorrências de acidente de trânsito a mais entre motoristas homens em comparação com as mulheres. A faixa etária mais imprudente são os jovens, entre 18 e 34 anos e, em números, essa faixa etária registrou 143.199 ocorrências de trânsito entre os homens, contra apenas 45.044 ocorrências provocadas pelas mulheres.

No entanto, uma pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Trânsito (Abramet), revela que 2 milhões de brasileiros têm medo de dirigir, sendo que 80% são mulheres. Segundo a instrutora de trânsito, Fabiana Cardoso, apesar dos anos de experiência, ainda se sente com medo ao volante, mas há maneiras de vencê-lo. “O medo a gente vence com o treinamento, com a segurança de dirigir, com a habilidade, com o desenvolvimento mesmo, né, da direção, da técnica de direção”, enfatiza a instrutora.

Para a psicóloga Vanessa Carmo, o medo possui várias vertentes, no entanto é algo normal e que devemos saber controlar. “A gente não pode deixar o medo fazer com a gente deixe de fazer as coisas que queremos. Temos que controlar esse medo”, conta Vanessa, que alerta ainda para o medo saudável que é importante e nos ajuda na prevenção de acidentes de trânsito.

Para as mulheres recém-habilitadas, segundo a instrutora de trânsito Fabiana, essa conquista acaba contribuindo até para o empoderamento feminino, sendo algo libertador. “Eu só vejo coisa positiva, é a questão da liberdade, até para portas de emprego, a mulher hoje em dia consegue trabalhar em um emprego e fazer ‘bico’ de motorista de aplicativo. E autoestima, né, então eu vejo dirigir como vida e liberdade”, explica Fabiana.

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