Operação da PF combate fraudes em benefícios previdenciários em Goiás e DF
Júlio Nasser
Publicado em 6 de junho de 2017 às 18:19 | Atualizado há 8 anos
Foto:Divulgação/PF
A Polícia Federal (PF) em conjunto com a Secretaria de Previdência e o Ministério Público Federal (MPF) realizou nesta terça-feira, 6, uma força tarefa para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar benefícios previdenciários rurais de pensão por morte e aposentadorias em Goiás e no Distrito Federal.
Ao todo, a ação batizada de “Oruza”, cumpriu 113 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 76 de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão em Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propício, Porangatu, Trombas, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul, Fomorso e em Brasília.
Segundo a Superintendência da PF em Goiás, as investigações sobre o caso começaram há dois anos após a corporação constatar irregularidades em concessões principalmente relacionadas a benefícios rurais para o pagamento de pensão por morte.
A investigação apurou que o grupo pode ter causado um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), considerando 67 benefícios analisados concedidos até maio de 2016. A estimativa é de que a operação tenha evitado um prejuízo total de R$ 10 milhões, partindo do ponto de expectativa de sobrevida das pessoas, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a maioridade.
A corporação ainda informou que os principais alvos da ação são presidentes e ex-presidentes de sindicatos dos trabalhadores rurais, agenciadores, fazendeiros, beneficiários, advogados, servidores do INSS, além de dois presidentes das agências da Previdência Social de Niquelândia e Porangatu.
Ao longo das investigações foi apurado que a quadrilha recebia os valores de forma retroativa após adulterar documentos a partir de declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos dos trabalhadores rurais. Segundo a PF, os beneficiários ficavam com os valores pagos a partir da concessão do benefício e os retroativos eram divididos entre os membros do grupo.
Todos os envolvidos no caso são investigados pelos crimes de estelionato previdenciários, falsificação de documento público, fraude processual e organização criminosa.