Cotidiano

Pais de estudantes desaparecidos no México acampam perto de Presidência

Diário da Manhã

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 09:40 | Atualizado há 9 anos

CIDADE DO MÉXICO — Os pais de dos 43 estudantes de Ayotzinapa, desaparecidos desde setembro de 2014, acamparam perto do prédio da Presidência mexicana na quinta-feira e exigiram do governo uma nova linha de investigação sobre o caso. Antes, eles participaram de uma marcha pelas proximidades da residência oficial Los Pinos, levando os cartazes com fotos dos adolescentes, que segundo o Ministério Público foram assassinados por narcotraficantes.

— Exigimos a designação do promotor para a investigação do caso Ayotzinapa, exigimos também a nomeação e formação o mais rápido possível de uma equipe técnica para que realize as novas investigações e novas rotas de busca — disse Vidulfo Rosales, advogado dos pais dos estudantes.

Os familiares denunciam que a investigação está paralisada e que foram poucos os avanços desde que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) fez recomendações às autoridades. Eles também prometem permanecer acampados no local até que o secretário do governo, Miguel Ángel Osorio Chong, e a procuradora-geral da República, Arely Gomes, concordem em continuar as buscas pelos estudantes e pedem uma nova equipe liderando os trabalhos.

Na noite de 26 de setembro do ano passado, 43 estudantes de uma escola de Ayortzinaba, no estado de Guerrero, desapareceram depois de um protesto político. Até o momento, as investigações oficiais indicam que os estudantes foram atacados a tiros pela polícia nas redondezas da cidade de Iguala. Sete pessoas morreram no local, e os 43 sobreviventes teriam sido entregues pelos policiais a traficantes locais, que teriam cometido os assassinatos, incinerado os corpos e jogado em um rio.

Mas o Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes, após uma investigação de seis meses, rejeitou esta versão e recomendou ao governo mexicano a abertura de novas linhas de investigação.


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