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Pesquisas apontam mudanças preocupantes nos hábitos infantis nos últimos anos

A inserção da criança desde cedo ao esporte é muito importante nesse processo, afirma Wellington, professor de Educação Física e Artes Marciais

- Foto: Ilustração - Foto: Ilustração

Pesquisas recentes têm mostrado que os hábitos das crianças vêm mudando nos últimos anos, com um aumento da exposição às telas e uma diminuição na prática de atividades físicas.

Um estudo do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, divulgado em 2023, revelou que o percentual de pais que levam seus filhos menores para realizar atividades físicas regularmente caiu de 61% para 35,8% entre 2020 e 2022.

Essa mudança é preocupante, pois a prática de atividades físicas é essencial para o desenvolvimento infantil. Para o professor de Educação Física Welington Lázaro Rodrigues Silva Junior de 31 anos, ESEFFEGO - UEG, além de ajudar a melhorar a saúde física e mental das crianças, promove tanto o desenvolvimento cognitivo quanto o social, “A falta de atividade física ainda pode acarretar em depressão, ansiedade e questões sociais como o bullying.” explica o professor.


		Pesquisas apontam mudanças preocupantes nos hábitos infantis nos últimos anos
Reprodução: Welington Lázaro arquivo pessoal


O professor também alerta que o sedentarismo pode levar a problemas como obesidade, diabetes e doenças cardíacas, “O sedentarismo é um mal que afeta grande parte da população atual devido à falta de atividade física. Dentre os fatores relacionados à essa escassez, a procrastinação vinculada ao uso do celular é o mais recorrente” e completa, “Esses fatores certamente acarretam dores em determinados grupos musculares por não ser ativados. Essa falta de atividade física também prejudica a frequência cardíaca das pessoas ocasionando em doenças cardiovasculares.”

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos também é um problema crescente. Um estudo mundial, divulgado em 2022, revelou que o tempo que crianças e adolescentes passam em frente às telas aumentou 50% entre 2020 e 2022.

O uso excessivo de telas pode causar problemas como distúrbios do sono, problemas de visão e até mesmo impactos no desenvolvimento cognitivo. Além disso, crianças que passam muito tempo em frente às telas têm menos chances de praticar atividades físicas e desenvolver contatos sociais.

O que fazer para reverter essa tendência?

Especialistas em saúde infantil apontam a importância de medidas preventivas por parte de toda a sociedade. Pais, educadores e governantes podem trabalhar juntos para incentivar a prática de atividades físicas e reduzir o uso de dispositivos eletrônicos.

Algumas medidas que podem ser adotadas incluem:

Incentivar a prática de atividades físicas em casa, como jogos, brincadeiras e esportes.

Promover o acesso a espaços públicos seguros para brincadeiras ao ar livre.

Estabelecer limites claros para o uso de dispositivos eletrônicos.

A inserção da criança desde cedo ao esporte é muito importante nesse processo, afirma Wellington, "Ela irá desenvolver princípios como disciplina, respeito, confiança em si mesma, perseverança, autocontrole, entre outros." Ele que também é professor de Artes Marciais, acredita que a pratica deste esporte também seja atrativo para as crianças e adolescentes.


		Pesquisas apontam mudanças preocupantes nos hábitos infantis nos últimos anos
Wellington com seus alunos de Muay Thai

Além disso, medidas referentes ao uso regrado dos dispositivos eletrônicos conciliado à prática de atividade física são interessantes de serem propagadas na sociedade.

Wellington explica que mesmo com a quantidade de pessoas que procuram uma academia, ou até mesmo realizar exercícios físicos ao ar livre, ainda não determina um comportamento ideal, pois muitos desistem ao longo do tempo, “o sedentarismo está presente em grande parte da população”, para ele, o uso excessivo de celulares e computadores, aliado ao ritmo exaustivo de trabalho, tem contribuído para que a população se distancie de uma rotina saudável.


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Wellington com seus alunos de Muay Thai. Reprodução: Welington Lázaro arquivo pessoal


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