Polícia analisa computador de adolescente acusado de racismo contra Maju
Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 20:29 | Atualizado há 9 anosA Polícia Civil e promotores de Justiça cumpriram nessa quinta-feira (10), um mandado de busca e apreensão na casa de um adolescente de 16 anos, morador da zona rural de Rio Verde, no sudoeste do estado.
O adolescente é supeito de praticar injúrias raciais contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, da TV Globo. O suspeito calaborou com as investigações e permitiu que os agentes acessassem seu computador, o menor não foi preso.
Segundo o delegado Adelson Vandeo, que acompanhou a operação de uma investigação do Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP), foram analisadas postagens feitas pelo adolescente no Facebook dele, que é privado, e ele negou que seja o autor de ofensas.
“Ele simplesmente disse que fazia parte de um grupo, que teria algumas pessoas que faziam trabalhos com áreas de tecnologia, supostamente hackers. Com isso, ele cedeu alguns dados pessoais dele e de familiares para que fosse formado um outro grupo, que foi o que acabou fazendo ofensas a algumas pessoas e instituições. Em seguida, esse grupo foi extinto”, explicou Vandeo. Segundo o delegado, nenhum equipamento chegou a ser recolhido na casa do menor. “O computador e os celulares dele não foram apreendidos, pois ele prontamente abriu sua página na rede social, por meio de sua senha pessoal, e isso permitiu toda a análise desse conteúdo. Não foi encontrado nada de criminoso, apenas foi identificado que o tal grupo tinha dados pessoais de parentes desse adolescente. Por isso, houve essa ligação do crime contra a jornalista ao menor”, disse.
O delegado Vandeo ressaltou que todas as postagens feitas pelo adolescente em julho passado, na ocasião das injúrias, foram deletadas.
“Foi constatado que esse menor participava de alguns grupos considerados radicais, seja se ateísmo, de algumas religiões, com algumas imagens incomuns sobre o Estado Islâmico. Isso chamou a atenção, pois não é normal para uma pessoa dessa idade”, destacou.
As informações serão repassadas ao MP-SP, que vai decidir se vai responsabilizar o menor sobre o crime de injúria racial.