Preso dono de borracharia suspeito de revender combustíveis furtados em Goiânia
Júlio Nasser
Publicado em 16 de março de 2016 às 18:27 | Atualizado há 4 meses
Foi preso na terça-feira, 15, o dono de uma borracharia que é suspeito de comprar combustíveis furtados e revendê-los com valor abaixo do preço de mercado em seu próprio estabelecimento, no Setor Novo Mundo, em Goiânia.
De acordo com informações da Polícia Civil, o detido, Assidinaldo Campos Moura de 34 anos, também conhecido como Cabelo, chegava a lucrar cerca de R$ 15 mil por mês com o esquema.
Alexandre Bruno Barros, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas de Goiás, responsável pelo caso, divulgou que o estabelecimento funcionava como fachada e que a venda do produto roubado era a principal atividade no local que fica em frente a um centro de distribuição de combustíveis.
O material encontrado no interior da borracharia, foi apreendido no momento da prisão do homem. Uma bomba de abastecimento, com capacidade de 15 mil litros, baldes e tanques.
As investigações apontaram que Assidinaldo pagava os autores dos furtos dos combustíveis R$ 0,50 pelo litro de diesel, gasolina e etanol, que eram revendidos pelo valor de R$ 1,50.
O roubo acontecia quando um motorista de um caminhão estacionava em frente ao Centro Distribuição, que fica em frente à borracharia, para abastecer e uma pessoa, conhecida como “baldinho”, chegava ao local e rompia o lacre do tanque, derramando de 20 a 40 litros por vez.
Também foi comprovada a participação de caminhoneiros no esquema. O delegado divulgou que a ação criminosa age há três meses. O dono da borracharia alegou que o combustível não era revendido, mas que seria usado para consumo próprio.
A polícia divulgou que há suspeita de que mais de 20 pessoas façam parte da organização criminosa. As investigações seguem para identificar os outros integrantes do esquema.
O homem que foi preso já tinha passagem pela polícia por posse ilegal de arma de fogo e está detido na carceragem da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Assidinaldo responderá por receptação e armazenamento ilegal de combustíveis e se condenado pegará 13 anos de prisão.