Produção de grãos estimada em 228,6 mi de toneladas
Redação DM
Publicado em 10 de agosto de 2018 às 01:20 | Atualizado há 5 meses
O 11º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018, divulgado nesta quinta-feira, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma que, com a colheita da segunda safra avançada e da terceira safra iniciando-se, além da finalização do plantio das culturas de inverno, a estimativa de produção é de 228,6 milhões de toneladas. Isso representa 50,7 mil toneladas a mais que no levantamento passado, divulgado em julho, e mantém esta safra como a segunda maior da série histórica.
A soja e o milho, que possuem os maiores volumes de grãos do País, devem ter produção de 119 e 82,2 milhões de toneladas, respectivamente. Do total da produção de milho, 26,8 milhões de toneladas deverão ser colhidas na primeira safra e 55,4 milhões de toneladas na segunda safra. Destaca-se, também, para a safra atual, a estimativa de aumento da produção de algodão em pluma, estimada em 1,98 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 29,4% em relação à safra passada e do feijão segunda safra, estimada em 1,27 milhão de toneladas, com uma elevação de 5,6%.
ÁREA
A área semeada está estimada em 61,7 milhões de hectares e confirma mais uma vez a maior área semeada no País. O incremento estimado é de 1,3% ou 819,7 mil hectares em relação à safra passada. O incremento só não foi maior devido à redução na área do milho primeira e segunda safras. Em relação à safra anterior, a área do milho primeira safra reduziu de 5,5 para 5,1 milhões de hectares e a área de segunda safra reduziu de 12,1 para 11,6 milhões de hectares em razão, principalmente, da expectativa futura de mercado.
Em contrapartida, a soja teve um expressivo aumento da área semeada, saindo de 33,9 para 35,2 milhões de hectares na safra atual, um ganho absoluto de 1,24 milhão de hectares, o maior entre todas as culturas avaliadas.
Outras culturas também tiveram ganho absoluto de área nessa safra, tais como o algodão, que alcançou 1,18 milhão de hectares (ganho de 237 mil hectares) e do feijão segunda safra, que atingiu 1,53 milhão de hectares (aumento de 106,2 mil hectares), impulsionado pelo feijão caupi, que deve ter 160,8 mil hectares a mais na atual safra, atingindo um milhão de hectares.
IBGE
A sétima estimativa de 2018 para a safra goiana de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 22,14 milhões de toneladas, 2,3% inferior ao total obtido na safra de 2017. A produção de soja registrou alta de 0,1% em relação ao ano anterior. Variações negativas estiveram presentes na produção de milho 1ª e 2ª safras (-12,6% e -5,4%, respectivamente) e na produção de feijão 1ª e 3ª safras (-6,9% e -27,9%).
Goiás tem a estimativa de produção de soja para 2018 em 11,37 milhões de toneladas. Desse modo, a atual previsão para a soja ultrapassa a safra anterior (11,36 milhões de toneladas), que caracterizou recorde para o Estado, devido às condições climáticas favoráveis. A produção de sorgo experimenta grande elevação de 25,3%.
A perspectiva para o milho 1ª safra, cultura em declínio no Estado, é de 1,75 milhão de toneladas, representando queda de 12,6% em relação ao ano anterior. A área de milho 1ª safra a ser colhida é de 223,5 mil hectares, 8,6% menor do que em 2017. A perspectiva é que essa diminuição se estenda ao milho 2ª safra, devido ao atraso no plantio de soja e à consequente redução da janela de plantio.
Rebanho bovino goiano alcança recorde
Em 2016, o efetivo de bovinos no estado de Goiás alcançou a marca recorde de 22,87 milhões de cabeças, um crescimento de 4,5% em relação a 2015, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM do IBGE.
O efetivo nacional atingiu o patamar de 218,2 milhões de cabeças, com crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior. Goiás ocupa a terceira colocação quando o assunto é efetivo de bovinos, perdendo apenas para Mato Grosso e Minas Gerais, e com a participação de 10,5% do total nacional.
O representante goiano nos 20 municípios com os maiores efetivos é Nova Crixás, com 752,8 mil cabeças. Além disso, o estado possui 26,2 mil cabeças de bubalinos e 365,6 mil equinos.
EFETIVO DE SUÍNOS REGISTRA QUEDA
O rebanho suíno goiano apresentou um total de 1,98 milhão de cabeças em 31 de dezembro de 2016, com redução de 2,2% em relação ao ano de 2015 (2,03 milhões de cabeças). O único município do estado na relação dos 20 maiores efetivos do país é Rio Verde, segundo colocado nacional.
O efetivo brasileiro é de 39,9 milhões de cabeças, 0,4% maior que o registrado no ano anterior. O maior número é o da cidade de Toledo – PR (1,18 milhão de cabeças).
GALINÁCEOS CRESCEM 7,1%
O efetivo de galináceos (galos, galinhas, frangas, frangos, pintos e pintainhas) atingiu 68,74 milhões de animais no território goiano, um crescimento de 7,1% em relação a 2015. Desse efetivo, 11,85 milhões de animais são galinhas.
O Estado é o sexto colocado em número de galináceos, atrás de Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, respectivamente. O município líder em efetivo de galináceos no país é Brasília – DF (15,66 milhões de cabeças), mas Rio Verde–GO (11 milhões) e Buriti Alegre – GO (8,46 milhões) estão entre os 20 maiores. Dentro do Estado, Rio Verde, Buriti Alegre, Urutaí, Itaberaí, Ipameri e Pires do Rio ocupam as primeiras colocações.
A produção nacional de ovos de galinha registrou 3,81 bilhões de dúzias, com crescimento de 1,2% em relação a 2015. Goiás participou com 199,4 milhões de dúzias produzidas, o que significa 5,2% na produção nacional. O crescimento em relação ao ano anterior é de 6,1%. Os maiores municípios produtores do estado são Inhumas, Leopoldo de Bulhões, Rio Verde, Bela Vista de Goiás e Urutaí
PISCICULTURA GOIANA
A soma da produção de todas as espécies investigadas pelo IBGE (carpa, curimatã, curimbatá, dourado, jatuarana, piabanha, piracanjuba, lambari, matrinxã, pacu, patinga, piau, piapara, piauçu, piava, pintado, cachara, cachapira, pintachara, surubim, pirapitinga, pirarucu, tambacu, tambatinga, tambaqui, tilápia, traíra, trairão, truta, tucunaré e outros peixes) registrou 15.472 toneladas no estado de Goiás em 2016.
O valor da produção chegou à marca de 112,0 milhões de reais. O maior produtor do estado é Gouvelândia (1.511 toneladas), seguido por Inaciolândia (1.510 toneladas) e Niquelândia (1.244 toneladas). O estado ainda é destaque na produção de tilápia (8,61 mil toneladas).
Produção industrial recua
A produção industrial goiana recuou 2,1% em relação a junho de 2017. No Brasil, houve avanço de 3,5%, na mesma base de comparação, puxada pelo avanço da produção industrial em 11 dos 15 locais pesquisados. Em relação ao mês de maio de 2018, a produção industrial do estado teve variação de 20,8%, terceiro maior avanço dentre as 15 regiões pesquisadas, e valor superior à variação nacional (13,1%), na série com ajustes sazonais.
Apesar de continuar apresentando queda na atividade industrial no mês de junho de 2018, Goiás ainda mantém variação positiva no acumulado dos últimos 12 meses (2,1%), principalmente por conta do crescimento da indústria nos meses de setembro, outubro e novembro de 2017, com variações de 6,5%, 11,5% e 18,5%, respectivamente.
Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria de Goiás recuou 2,1% em junho de 2018, com cinco das nove atividades investigadas mostrando queda na produção. Os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores da indústria de outros produtos químicos (36,9%), produtos de minerais não-metálicos (24,9%), e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (7,5%), impulsionados, principalmente pela maior produção de adubos ou fertilizantes com P e K, fosfatos de mono-amônio e super-fosfatos, na primeira; cimentos “Portland”, massa de concreto, elementos pré- fabricados de cimento ou concreto, e artefatos de fibrocimento sem amianto, na segunda; e esquadrias de alumínio, ferro e aço, bem como outros artefatos de ferro e aço.
Em sentido oposto, as atividades de metalurgia (-11,2%), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,3%), e de fabricação de produtos alimentícios (-5,8%) exerceram as principais contribuições negativas sobre o total da indústria nesse mês, pressionadas, em grande parte, pela menor produção de ouro em formas brutas e ferroníquel, na primeira; de automóveis com motor diesel, na segunda; e de açúcar cristal e VHP, e extrato, purês e polpas de tomate, na última.