Seul quer sanções severas para teste nuclear norte-coreano
Diário da Manhã
Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 02:20 | Atualizado há 9 anosSEUL – A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, disse nesta quarta-feira que o mundo necessita de uma resposta mais dura ao último teste nucelar da Coreia do Norte e pediu sanções mais severas contra Pyongyang.
Ao descrever os ensaios da semana como uma grave provocação e um desafio inaceitável à paz e à segurança mundiais, Park disse que era o momento de adotar uma linha mais dura contra as autoridades norte-coreanas.
— As respostas da comunidade internacional contra o último teste nuclear da Coreia do Norte devem ser diferentes das do passado — disse a presidente. — Seul, além de trabalhar com a ONU para adotar a resolução mais forte possível para castigar Pyongyang, também quer discutir com os Estados Unidos e seus aliados sanções adicionais — acrescentou.
Suas declarações chegam horas depois dos legisladores americanos terem aprovado por maioria importa estritas sanções econômicas à Coreia do Norte, na linha das sanções contra o Irã.
O texto não é definitivo, já que o Senado americano deve ainda examiná-lo. O novo arsenal de medidas busca ampliar as sanções americanas contra as empresas estrangeiras que ajudam a Coreia d o Norte a adquirir armas de destruição em massa, insumos militares ou produtos de luxo, importados pela classe dominante.
Park estimou que Pequim, principal aliado e benfeitor econômico de Pyongyang, tem um papel primordial para desempenhar no Conselho de Segurança da ONU. A China condenou o teste nuclear norte-coreano, mas a chefe de Estado sul-coreano urgiu em passar das palavras aos atos.
— Penso que a China sabe que se sua determinação não se traduzir em atos efetivos, necessários, não poderemos impedir um quinto, ou inclusive um sexto ensaio nuclear.
Estas declarações estão em linha das expressadas pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que criticou a estratégia chinesa com Pyongyang e reclamou que Pequim deve aumentar sua pressão sobre seu aliado, já que não pode continuar como se nada tivesse ocorrido.
Os especialistas colocam em dúvida que a Coreia do Norte tenha realizado na semana passada um ensaio nuclear com uma bomba H, muito mais potente que uma bomba atômica comum.
Não obstante, independentemente do artefato utilizado, se tratava do quarto ensaio nuclear da Coreia do Norte, que violava assim as resoluções das Nações Unidos proibindo-lhe qualquer programa nuclear ou de armamentos.
Seul e Washington estudam o deslocamento na península de mais recursos estratégicos americanos. Quase 30 mil soldados americanos já se encontram na Coreia do Sul, que se beneficia também da proteção do “guarda-chuva nuclear” dos Estados Unidos.